Fred Queiroz, preso na Operação "Manus", que investiga propina paga pelas empreiteiras OAS, Odebrecht, Carioca Engenharia e Andrade Gutierrez ao ex-ministro em troca de benefícios junto ao governo, também foi secretáro de Turismo e Obras de Natal, no RN, por indicação do próprio Henrique Alves.

Ele é dono da empresa Pratika Locações, a qual é vista como principal responsável pela lavagem de dinheiro vindo de doações legais e ilegais de campanhas do ex-ministro.
Alves, que sempre fez parte do núcleo de confiança do presidente Michel Temer, foi seu Ministro do Turismo até ser citado em delações, fato que o levou a pedir demissão do cargo em junho de 2016.

Queiroz haveria detalhado os contratos que fez usando a Pratika em campanhas de Alves e outros políticos realizadas entre 2010 e 2016 nos anexos que integraram sua proposta de delação. Ele detalhou como usou contratos fictícios da empresa para irrigar as campanhas de Henrique Alves arcando com custos de mobilizações de militâncias, repasses a assessores e políticos. O empresário também detalhou saques de propina que fez em espécie em caixas de bancos.

Além de homem forte de Temer, Henrique Alves foi ministro de Dilma Rousseff no segundo mandato, também na pasta do Turismo.