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VIOLÊNCIA POLICIAL
Guerra ao tráfico mata população dos morros e leva moradores a fortificar casas no Rio
Redação
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Somente na última semana foi registrado na cidade do Rio de Janeiro 220 tiroteios com um saldo de 12 mortos. O cotidiano das chamadas balas "perdidas" é uma triste realidade da cidade com cenas recorrentes de extrema violência nas ruas e que aumenta dia a dia conforme aumenta o desemprego e se aprofunda a crise. Frente a esta grave situação os moradores da cidade para se proteger das balas "perdidas" constroem hoje suas casas à prova de balas buscando ter minimamente uma maior tranquilidade dentro de seus lares e comércios.

São muitos os casos de balas "perdidas" que atingem cotidianamente a população da cidade do Rio de Janeiro, sendo que somente na última semana a quantidade chegou a 220 tiroteios com 12 mortos.

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São muitos os depoimentos que saíram hoje em matéria do UOL onde os moradores contam sobre os casos cotidianos de violência que vivem na cidade. Moradores que constroem residências sem janelas, troca de portas de madeiras para placas de aço, paredes construídas com paralelepípedos para evitar que as balas de armas de fogo ultrapassem as paredes de suas casas.

"Dizem que a gente nunca se acostuma, mas acostuma, sim. Hoje, se eu estou dormindo e os tiros começam mais forte, nem levanto", afirma moradora da Maré. A família da moradora, que vive a poucas quadras da avenida Brasil e da linha Vermelha, fortificou a fachada da casa com uma camada extra de cimento para tentar bloquear os tiros. Entretanto os vidros, que não são blindados, estão com um papelão emendado devido ao mesmo motivo.

Segundo a ONG Redes da Maré, que tem como intuito mapear a violência das Forças de Segurança Pública na Maré, a letalidade policial na favela é considerada três vezes maior do que no resto do Estado.

"A violência absurda no Rio de Janeiro é consequência direta tanto da criminosa política de guerra às drogas feita pelo Estado, e que serve apenas para o enriquecimento dos grandes traficantes e da polícia a custo do sangue negro nas favelas, como também é fruto da criminosa política de ataques aos direitos e serviços da população, do desemprego promovido pelos patrões e dos ataques de Pezão e Temer, que aumentam a miséria e jogam milhares de jovens na criminalidade. Não podemos mais aceitar que os patrões, políticos, policiais sigam enriquecendo ao custo do sangue da população nas favelas, principalmente da juventude negra", comenta Fernando Pardal, editor do Esquerda Diário RJ.

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Foto: Ricardo Moraes/Reuters

 
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