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#30J METRÔ SP
Movimento Nossa Classe faz grande campanha pela greve geral no Metrô de SP
Redação

A premeditada traição das centrais sindicais contra os trabalhadores nacionalmente na greve geral do dia 30, principalmente no setor de transporte em SP, impediu que este dia fosse tão grande quanto os dias 15/03 e 28/04, mas não foi o bastante para que o Movimento Nossa Classe (MNC) no Metrô de SP deixasse de dar a batalha para que os metroviários tomassem a greve geral em suas mãos e dessem o exemplo de luta para derrubar as reformas de Temer. Foram dezenas de panfletagens organizadas na base da categoria em todas as áreas, assim como panfletagens à população que demonstrou amplo apoio da mesma, seguida por milhares de mensagens de apoio nas redes sociais na #ApoioMetroviáriosNaGreveGeral

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O ano de 2017 vem sendo um ano de muita luta para os metroviários de SP, que protagonizaram uma série de mobilizações desde janeiro, mostrando uma enorme disposição de luta não somente pelas questões da categoria, mas se incorporando à uma pauta política nacional, a luta contra as reformas de Temer, que não se via desde a 10 anos na luta da categoria.

Lutaram contra o aumento da escala de trabalho, contra a retirada da periculosidade da manutenção, contra o fim do plano de saúde, contra a terceirização das bilheterias, a privatização da Linha 5 - Lilás e o plano de privatização de Alckmin, assim como paralisaram suas atividades em duas greves gerais (dia 15/03 e 28/04) se somando aos demais trabalhadores do país que rechaçam as reformas trabalhista e da previdência de Temer e querem dar uma saída à enorme crise colocada no governo sem ter que abrir mão de seus preciosos direitos, conquistados com duras lutas.

Apesar das direções sindicais, o dia 30 foi um dia intenso de mobilizações nacionalmente, principalmente no Distrito Federal que praticamente parou, e regiões do Norte e Nordeste. Em São Paulo, foi onde ficou mais claro o desmonte da greve geral, a começar pela traição Força Sindical, UGT e Nova Central, com a conivência e o boicote da CUT e CTB, e foi por este motivo que o Movimento Nossa Classe chamou já em maio a construção de comitês de base e organizou massivas panfletagens desde então chamando os metroviários e a população a não depender das centrais sindicais traidoras para seguir lutando em defesa dos nossos direitos, tomando a greve geral em suas mãos. Toda essa campanha que fizemos no Metrô de SP foi sabendo que os trabalhadores do país enxergam nos metroviários de SP um exemplo de luta, e sua força social possui um impacto nacional em qualquer paralisação ou greve, que mesmo diante a traição e boicote da burocracia sindical, poderia transformar o 30/06 num dia ainda mais forte que o 28/04.

Panfletagem Linha 1

Foram dezenas de panfletagens, reuniões setoriais na manutenção e operação, assim como assembleias e reuniões de base que os militantes do MNC organizaram, batalhando para a construção da greve. As panfletagens realizadas para construir a greve geral do dia 30 ocorreram em todas as escalas da Linha 1 - Azul do Metrô nas áreas da manutenção, estações, trens e segurança, com os trabalhadores efetivos e terceirizados, e também ocorreu nas Linhas 3 - Vermelha e Linha 5 - Lilás, e demonstraram uma grande insatisfação dos metroviários com as reformas, assim como com o avanço do plano de privatização do Metrô protagonizado por Alckmin.

Como nas greves nacionais realizadas nos dias 15/04 e dia 28/04 em que os metroviários tiveram amplo apoio da população, as panfletagens feitas pelos metroviários do MNC no último mês contou novamente com amplo apoio desde o início, como podem ver neste artigo, onde a população já demonstrava que seguiria apoiando a luta dos metroviários.

Após os metroviários de SP aprovarem o indicativo de greve para o dia 30 as centrais sindicais começaram mais abertamente a apontar em seu discurso um maior recuo frente a possibilidade de manter esta greve, pois além da CUT e CTB avistarem a possibilidade de terem melhores condições para uma saída por fora da luta de classes em que colocasse nossos direitos na mesa de negociações com partidos da ordem em troca de uma saída pactuada "por cima" dentro de um melhor cenário para a candidatura de Lula com a discussão das Diretas Já (como por exemplo com o tucano Fernando Henrique), viram também a possibilidade de adormecer novamente a gigante classe trabalhadora brasileira jogando um "balde de água fria" na luta nacional.

(vídeo FeG e Reinaldo)

Nem falar da traição mais declarada de Paulinho da Força (Força Sindical), que desde a última greve geral vem abertamente colocando na mesa de negociação com os patrões a reforma trabalhista como moeda de troca para a manutenção de seus privilégios adquiridos com a defesa a morte pela não retirada do Imposto Sindical, imposto este cobrado obrigatoriamente do salário de todo trabalhador brasileiro para sustentar luxos de dirigentes sindicais que não trabalham a décadas, e que diretamente traíram a luta por este motivo.

Mesmo frente à esta difícil situação com as centrais sindicais não construindo a greve geral, assim como com a tentativa de boicote da mídia junto com a traidora Força Sindical, que mentiram divulgando que os metroviários não entrariam em greve dia 30, os metroviários do MNC seguiram fazendo o chamado aos metroviários a não confiarem nas direções sindicais com a qual não desistiram de construir e intensificaram o chamado aos metroviários e à população.

Combinado a isso os metroviários enfrentaram internamente na categoria durante todo o mês uma forte campanha patronal, promovida pelo Grupo União Metroviária, com fotos nas áreas contrárias a participação dos metroviários na greve, escrevendo uma série de cartas atacando os setores que construíam a greve, em especial o MRT e o Esquerda Diário, querendo passar uma falsa ideia de que os metroviários estavam contra a paralisação, o que não era verdade, como mostra essas fotos tiradas entre os operadores de trem da Linha 1 e na estação São Joaquim, que revelam que também tinha muita disposição de luta na categoria.

No dia da assembleia dos metroviários, 29, uma enorme manifestação da população em defesa dos metroviários à pedido dos mesmos para tomarem a greve geral das mãos das centrais sindicais traidoras tomou conta das redes sociais, e centenas de apoiadores compartilharam no Facebook, Twitter e Esquerda Diário saíram em defesa dos metroviários com dezenas de fotos e mensagens que chegaram à redação do Esquerda Diário como podem ver neste artigo e compartilhando o vídeo abaixo em que o operador de trem da Linha 1 - Azul, Felipe Guarnieri, membro do Movimento Nossa Classe, em que faz o chamado à população que por diversas vezes demonstrou seu apoio à luta da categoria, com mais de 800 compartilhamentos e mais de 36 mil visualizações em poucas horas do vídeo, em uma enorme demonstração de solidariedade da população.

A última assembleia comprovou a traição das centrais, que com a desculpa de que "está difícil" (sendo que não construíram a greve em nenhum lugar), CUT e CTB (com ajuda do MES/PSOL) defenderam na assembleia do dia 29 a não adesão dos metroviários à greve geral do dia 30, dividindo a assembleia, convencendo os metroviários de que não seria possível seguir a luta neste momento e enterrando a luta. Para Felipe Guarnieri "neste momento, em que a casta política segue dividida, a necessidade de uma greve geral para barrar as reformas era imprescindível para darmos seguimento à luta contra as reformas se não fosse o papel que as centrais sindicais cumpriram no Metrô de SP e nacionalmente frente à esta luta. Muitos trabalhadores no país inteiro saíram em greve e se mobilizaram mesmo com o boicote das centrais, mostrando que era possível sim outra greve e que os trabalhadores estavam com disposição de seguir lutando. Não podemos deixar de lutar frente a esse boicote da CUT e CTB, e traição da Força Sindical e demais centrais, exigimos comitês, assembleias de base e um plano de luta concreto para derrotar as reformas que estão na reta final para serem aprovadas no Senado".

 
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