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PARALISAÇÃO NACIONAL
30J em Campina Grande (PB): Disputas de estratégias na construção da greve
Redação Esquerda Diário Nordeste

Aqueles que compõe o Comitê Municipal contra as Reformas da Previdência e Trabalhista de Campina Grande, do qual Esquerda Diário faz parte, lutamos para organizar um 30J de greve e luta, de outro lado a Frente Povo sem Medo que pretendia matar a greve, com um ato cultural/musical na Praça da Bandeira.

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No dia 28 de abril, com uma greve geral histórica, a classe trabalhadora marcou sua presença política na conjuntura do país, se apresentando de maneira incisiva na luta contra o governo Temer e suas reformas.

Depois da gigantesca mobilização em Brasília (DF) o 24 de maio, mesmo com a trégua das principais Centrais Sindicais, que pressionadas pelas suas bases mantiveram a data de 30 de junho tentando mudar seu caráter de Greve Geral para Jornada de Lutas.

A própria construção desse 30J na cidade de Campina Grande-PB não estive alheio a este processo. A organização estive dividida, na cidade, por duas estratégias diferentes. Aqueles que compõe o Comitê Municipal contra as Reformas da Previdência e Trabalhista de Campina Grande, do qual Esquerda Diário faz parte, lutamos para organizar um 30J de greve e luta, de outro lado a Frente Povo sem Medo que pretendia matar a greve, com um ato cultural/musical na Praça da Bandeira.

A jornada na cidade iniciou com o Comitê tomando a iniciativa política de bloquear a saída dos ônibus das garagens, principalmente da empresa Expresso Nacional, desde às 4 horas da madrugada até às 8 horas. Para acabar com os piquetes foi precisa intervenção policial e judicial.

A partir das 07 horas a concentração foi na Praça da Bandeira no centro da cidade, que se transformou numa verdadeira disputa entre as estratégias. Em quanto o Comitê integrado também por sindicatos combativos que paralisaram como a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) e o dos Correios pretendiam que as 800 pessoas presentes participem de bloqueio do comercio, fechando lojas e depois desdobrar bloqueando o Call Center da cidade e a fábrica Alpargatas, por outro lado o grupo hegemonizado pela CTB e a CUT pretendeu que tudo se limite a um ato musical na praça respeitando a legalidade burguesa que de fato nem permitia bloquear uma rua.

Estas propostas são relevantes pelo seguinte, tanto nas atividades políticas e panfletagens organizadas pelo Comitê e na campanha organizada por Esquerda Diário e o MRT no sentido de para tomar a greve nas nossas mãos ficava clara a disposição política favorável a greve por parte dos trabalhadores e a crítica aos seus sindicatos que não paralisavam.

Esse momento na Praça da Bandeira nesse 30J em Campina Grande sentiu-se fortemente os efeitos da burocracia. O microfone do ato foi dividido entre as diversas forças políticas com suas propostas de saída, a grande maioria defendendo “diretas já!”, “eleições gerais”, mas também por um trio de forró, tradicional nos festejos juninos, que tomou uma boa parte do tempo.

Na cidade que se propõe a ter o Maior São João do Mundo, esse dia que deveria ser de greve e continuação da luta, que deveria seguir o exemplo do 28A, acabou se transformado, em boa medida, numa grande festa sob patrocínio da burocracia sindical. Burocracia essa que se deleitava dançando alegremente, com suas bandeiras da CUT, CTB, e outras, tremulando ao som do forró.

Nesse contexto algumas falas foram intercaladas com longos períodos de música, entre elas se pode destacar a de Gonzalo Rojas, de Esquerda Diário (ED) e o Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT), que em um momento mais politizado do ato ressaltou os seguintes eixos, que apresentou como elementos qualitativos da conjuntura:

- Estamos frente a uma crise que se aprofunda, uma crise econômica, política e social, uma crise orgânica em termos gramsciano.

- Que a classe trabalhadora entro com força na cena política nacional.

- Que existe uma gigantesca crise nas alturas estando o bloco de classes dominantes dividido entre aqueles que pretendem o afastamento de Temer mas que não tem uma alternativa (judiciário e rede globo) e a casta política que pretende manter seus privilégios (Temer e os partidos da ordem incluindo PT e PCdoB)

- Exigir que as centrais sindicais chamem assembleias de base para dar continuidade ao plano de lutas articulando as lutas contra as reformas com a luta pela derrubada do Governo Temer, e que não subordinem isto ao imposto sindical compulsório como pretende a Força Sindical nem a candidatura de Lula 2018 como fazem a CUT e CTB.

- Sendo de entendimento de todos os presentes que uma saída indireta da crise não tem nada a oferecer aos trabalhadores salvo maiores ataques se pretendeu dialogar com aqueles que defendem eleições gerais ou Diretas já destacando que não basta mudar os jogadores, mas sim mudar as regras do jogo, ou seja, que é preciso eleições para uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para reverter todas as reformas feitas pelo Temer, mas também as de Dilma, Lula, FHC. Finalizou sua fala se solidarizando com os trabalhadores da PEPSICO na Argentina.

O vídeo completo desta fala que foi emitido ao vivo por Esquerda Diário é este:
<<https://www.facebook.com/esquerdadi...> >

Depois de meio-dia a iniciativa política voltou para o comitê realizando um ato apolítico frente a fábrica Alpargatas no setor industrial da cidade.

Em síntese, o Esquerda Diário participou de forma independente através de um panfleto baseado na seguinte matéria.

Em Campina Grande (PB) se expressou de forma específica uma tendência que é nacional. Como afirma Iuri Tonelo em matéria para este jornal de não ser o freio de centrais como a CUT e a CTB, estaríamos vivenciando uma nova e importante greve geral que poderia ter força de desestabilizar ou mesmo derrubar definitivamente o governo Temer, já que fica claro que tanto nas bases de trabalhadores quanto na massa da população existe grande adesão e apoio à greve geral.

 
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