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CRISE NO RIO
Alerj aprova texto do teto de gastos que mantém privilégios do judiciário
Jean Barroso
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A Alerj votou hoje o projeto do teto de gastos dos poderes do Rio, votando sua segunda versão redigida por Pezão em negociação com representantes do Poder Judiciário do Rio e com o posterior apoio de Picciani ao novo texto.

A votação ocorreu nesta quinta à tarde, diferente do noticiado no site oficial da Alerj que colocava a possibilidade de ser na sexta. Tudo para confundir, afinal temiam a presença dos servidores que estão sem receber o salários de abril. Aliás, como tudo neste teto de gastos, que foi se modificando durante todo o mês, antes congelando o orçamento do estado tendo como referência o ano de 2016, e agora modificado depois de uma ameaça de impeachment, para estabelecer um orçamento igual ao de 2015.

Outra coisa que mudou no meio deste caminho foi a correção monetária, que subiu para 15%. Esta votação garante um orçamento de 66 bilhões, ou seja, um orçamento grande o suficiente para garantir as benesses e os super salários do judiciário, dos assessores, os carrões da Alerj etc, e pequeno demais para garantir o funcionamento da UERJ, dos hospitais, universidades, escolas e o pagamento em dia dos servidores públicos.

Apesar disto, o legislativo espera convencer a União, o tesouro nacional e o golpista Temer em aceitar este plano, para e dar entrada no acordo de "recuperação" fiscal do estado do Rio, cessando os autoritários arrestos dos cofres do Rio para pagar a dívida pública.

Viemos alertando do Esquerda Diário que a ameaça de impeachment de Pezão por parte de Picciani era somente uma manobra para pressionar o governo Federal a inserir o Rio nos plano de recuperação fiscal concebido pelo Ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Tanto é que paralelo à votação, a análise das contas de 2016 de Pezão segue correndo na Alerj e pode ter relatório em setembro, ou mais cedo à depender da resposta da União.

Picciani obviamente não está preocupado com as irregularidades do governo, já que ele mesmo é citado na delação do ex presidente do tribunal de Contas do Estado. Apenas regateia com o governo Federal, tentando salvar o pouco que restou do PMDB carioca depois de mais de um ano atrasando salários e com escândalos de corrupção nas manchetes, e ainda por cima com um governador que faz piada com servidores, aposentados e pensionistas sem salário.

A crise do Rio está longe de se encerrar, apesar da propaganda da imprensa paga pelo governo, como o Globo, O Dia, dentre outros, até o momento não houve sinalização de que o governo aceitaria este novo "teto de gastos" costurado por Pezão após ameaça de Picciani, e agora já começam aparecer vozes na própria mídia capitalista levantando dúvidas sobre o fato, como a jornalista Berenice Seabra em sua coluna do Extra ontem-> https://extra.globo.com/noticias/extra-extra/tesouro-nacional-pede-mudancas-no-projeto-de-teto-de-gastos-do-rio-21529886.html].

A única saída boa para os trabalhadores e o povo pobre do Rio só poderá vir da nossa própria mobilização, e com independência do legislativo e do judiciário, impor que os capitalistas que tanto lucraram com as isenções bilionárias e a Dívida Pública, paguem o preço da crise. Mais um motivo para o Rio se ligar ao movimento nacional de trabalhadores contra as reformas de Temer, assim como de Pezão no Rio.

FOTO: SINTUFF

 
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