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DESEMPREGO
Mais de 8 mil indústrias fechadas e 642 mil desempregados em 2015 segundo IBGE
Flávia Telles

Em 2015, ano em que a recessão da economia se aprofundou, as indústrias extrativa e de transformação cortaram 642.138 postos de trabalho e viram o número de total de empresas cair para 325.277, com o fechamento de 8.462 firmas em relação a 2014. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2015, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 28.

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Segundo o IBGE, as empresas industriais empregaram 8,2 milhões de trabalhadores em 2015. Em 2014, eram 8,8 milhões de empregados. O corte de vagas de trabalho foi concentrado nos setores de vestuário, fabricação de veículos e fabricação de máquinas e equipamentos.

"O ano de 2015 foi marcado por uma conjuntura de retração na atividade econômica, intensificado pela trajetória de resultados negativos do índice de volume do Produto Interno Bruto (PIB)", diz o relatório da PIA 2015, chamando atenção para a profundidade da recessão. "A taxa acumulada do PIB, ao longo do ano, recuou 3,8% em 2015, a maior da série histórica iniciada em 1996", afirma o texto.

Conforme a PIA 2015, as cinco atividades com maior participação no total das receitas brutas das empresas industriais responderam por 56,1% do total (ante 54,9% em 2014). Os cinco setores são: fabricação de produtos alimentícios; fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis; fabricação de produtos químicos; fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias; e metalurgia.

Esses dados só mostram o que a população vem sentido todos os dias, com demissões em massa em vários setores e a maior taxa de desemprego dos últimos 25 anos, chegando a mais de 14 milhões de desempregados, sem contar o desemprego ampliado (pessoas que vivem de "bico") que chega a mais de 14 milhões de pessoas.

Em São Paulo, só em 2017, a média de demissões por dia é de mais de 4 mil pessoas. No setor de infraestrutura (indústria da construção pesada, engenharia, obras rodoviárias), são mais de 118 mil trabalhadores demitidos, segundo dados divulgados pela Brasinfra (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura).

As reformas e a aprovação da PEC 55, vem no sentido de agravar ainda mais o desemprego e a precarização do trabalho, já que querem ampliar o tempo para se chegar a aposentadoria, a jornada de trabalho e a terceirização, que na prática significa rebaixamento de salários e divisão das categorias dificultando a organização dos trabalhadores. Ou seja, apesar do governo Temer tentar usar como propaganda para as reformas o “crescimento econômico” e o aumento do emprego, sabemos que é pura demagogia, a realidade é precarização do trabalho e demissões em massa.

 
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