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LAVA-JATO
Janot apresenta denúncia contra Temer por corrupção passiva
Redação

Janot acusa o presidente golpista Temer de atuar em conluio com o senador Rodrigo Loures em crimes relatados por Joesley Batista. Temer entra pra história como o primeiro presidente da república brasileiro em exercício do mandato a ser denunciado por um crime comum.

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Rodrigo Janot, procurador-geral da República, denunciou nesta segunda-feira o presidente da República, Michel Temer, pelo crime de corrupção passiva. Com isso, Temer entra pra história como o primeiro presidente da república brasileiro em exercício do mandato a ser denunciado por um crime comum. Caso a denúncia seja autorizada pela Câmara dos Deputados, por 342 votos do total de 513 parlamentares, e aceita pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Temer será afastado do mandato por até 180 dias.

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A investigação contra o golpista Temer começou em maio, após um acordo de colaboração premiada firmado por diretores da JBS com o Ministério Público Federal. O empresário Joesley Batista, sócio da JBS, gravou um diálogo com o presidente no qual fica expresso o envolvimento de Temer com uma série de crimes e ilegalidades. Entre eles, o de comprar o silêncio do ex-deputado federal e seu aliado Eduardo Cunha, o de pagar propina a membros do Ministério Público e do Judiciário e o de tentar ter influência no Governo por meio de representantes da gestão federal. Diante da exposição da gravação à mídia, o presidente permaneceu no mandato e desafiou a população que o retirasse de lá. Em pronunciamentos públicos, o presidente relatou que só queria se “livrar” de Joesley, a quem chamou de um conhecido falastrão.

A denúncia contra Temer era esperada havia ao menos duas semanas. Um parecer de Janot constante do pedido de manutenção de prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor presidencial, já demonstrava que a acusação ocorreria. Loures ficou conhecido como o deputado da mala ao ser filmado carregando uma maleta com 500.000 reais em propinas paga por Joesley Batista.

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O parecer de Janot foi publicado pelo jornal O Globo. Nele, há informação de que o presidente teria atuado em conjunto com Loures nos crimes relatados pelos executivos da JBS. “Não se sustenta, portanto, a versão dada por Michel Temer em seus pronunciamentos públicos segundo a qual indicou Rodrigo Loures para ‘se livrar’ de Joesley, uma vez que as provas demonstram que na verdade a conversa no Palácio do Jaburu foi apenas o ponto de partida para as solicitações e recebimentos de vantagens indevidas que viriam em sequência”, apontou o procurador.

Rocha Loures está preso há pouco mais de 20 dias e encontra-se na superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. Em princípio, o Planalto estava preocupado que ele assinasse um termo de delação premiada e complicasse ainda mais a vida do presidente, o que até agora não ocorreu.

Agora, a denúncia será enviada para a Câmara e, caso ela autorize o processamento do presidente, retorna ao Supremo Tribunal Federal. Nesse meio tempo, Temer tenta mover suas peças para evitar que a acusação prospere no Legislativo.

Diante dessa denúncia, reforçamos o chamado para que tomemos a greve geral nas nossas mãos, para construir uma forte paralisação no dia 30 de Julho, e para derrubar Temer e as reformas pela força da luta dos trabalhadores e jovens nas ruas. Não estamos interessados em acordos por cima ou em pressão parlamentar, queremos a organização de um plano de luta efetivo pois já mostramos a nossa força no dia 28 de abril e nesse dia 30 podemos fazer uma greve ainda maior.

Há muito tempo está claro para nós quem são estes homens e quais são seus interesses. Sabemos que os políticos atuam todo tempo em favor de seus próprios interesses ou dos interesses das empresas e dos empresários, e jamais em favor dos interesses dos trabalhadores e do povo pobre. Por isso não podemos ter nenhuma ilusão de que melhorias virão do Parlamento. Neste momento conturbado de enorme crise política e econômica no país, precisamos ter claro que lutar por novas eleições diretas não basta, pois visa regenerar o cadáver do sistema político brasileiro. É necessária uma nova Assembleia Constituinte, que seja imposta pela força da mobilização dos trabalhadores, para mudar, além dos jogadores, as regras do jogo, e para que tomemos nas nossas mãos as grandes decisões do país.

 
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