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TRANSFOBIA
Homens jogam álcool e ateiam fogo em travesti no interior de SP
Barbara Tavares

No interior de São Paulo veio à tona mais um crime brutal contra a população LGBT. Hilary, de 26 anos, foi atacada por três homens e teve parte do seu rosto, tórax e braços queimados em mais um caso de violência transfóbica.

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Na madrugada deste domingo, dia 25, na avenida Cenobelino de Barros Serra, em São José do Rio Preto, Hilary teve parte do seu rosto, tórax e braços queimados em mais um caso de violência transfóbica. A vítima, que tem apenas 26 anos, está internada em estado grave no Hospital de Base.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio. Casos como esse, longe de serem "isolados", colocaram o Brasil em primeira posição no ranking de crimes transfóbicos em relação ao resto do mundo. De acordo com a ONG Transgender Europe, o Brasil é o país onde mais se mata transexuais no mundo. Estima-se que a idade média de travestis e transexuais no país seja de 35 anos.

O que aconteceu esse final de semana no interior de São Paulo é apenas um triste retrato do que ocorre cotidianamente ao redor de todo o país com travestis e transexuais.

Segundo informações do boletim de ocorrência, Hilary foi atacada por três homens, que jogaram álcool sobre seu corpo e rosto e depois atearam fogo. Hilary sobreviveu pois foi socorrida por um grupo de travestis que ouviram seus gritos de socorro. A princípio ela foi levada para a pensão onde mora, mas depois, com o agravamento das dores, Hilary foi encaminhada ao pronto-socorro do Hospital de Base.

A equipe médica constatou sinais de queimadura de 3º grau no corpo e Hilary terá de passar por uma cirurgia reparadora. Não há mais informações sobre seu estado de saúde. Por enquanto, a polícia ainda não tem pista de quem são os criminosos que a agrediram.

Diante desse cenário inaceitável, é urgente levantarmos a bandeira contra a transfobia e contra o transfeminicídio. Não podemos aceitar que crimes como esses continuem acontecendo. Hoje em dia o Estado não reconhece a identidade trans e sequer inclui mulheres trans e travestis na lei do feminicício. Enquanto isso, tramita no Congresso a Lei João Nery que visa o reconhecimento, por parte do Estado, da identidade de gênero da população trans - seguem aqui 3 motivos para que essa lei seja aprovada.

Devemos nos indignar com casos como esse e nos organizar contra a transfobia em todo o país. Basta de assassinatos e torturas contra transexuais e travestis!

 
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