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COTAS ÉTNICO-RACIAIS
Vem aí a 2ª Virada Cultural “Por que a USP não tem COTAS?”
Redação

O festival contará com grandes nomes da música negra e indígena, com o intuito de arrancar as cotas étnico-raciais na Universidade de São Paulo, uma das mais racistas e elitistas do país, e a única estadual a se recusar a debater as cotas como forma de acesso na universidade.

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Depois da vitória conquistada na Unicamp, a Universidade de São Paulo é a única estadual paulista que segue na contra mão da inclusão de negros e indígenas, reafirmando e perpetuando o racismo institucional e mantendo os negros longe das salas de aulas, bem como a sua história, cultura e produção intelectual fora do currículo, mantendo o ensino superior como um privilégio de uma maioria de brancos e filhos da elite paulista.

Nesse cenário está sendo construída a 2ª Virada Cultural “Por que a USP não tem COTAS?”, para questionar e subverter a lógica imposta por anos de exclusão, para defender igualdade de direitos entre negros e brancos no trabalho e na vida, para colocar essa universidade e toda sua potencialidade à serviço daqueles que a constroem.

No ano passado, foram 24 horas de música, e o festival contou com a presença de grandes nomes, como KL Jay, Rincon Sapiência, Tássia Reis, Luana Hansen, Rico Dalasam, Mc Tha, Gíria Vermelha, Luedji Luna, Mc Linn da Quebrada e outros.

Esse ano o line up conta com a presença confirmada de Luana Hansen, Issa Paz, Yzalú, Mc Soffia, Moysés, As Bahias e a Cozinha Mineira, Preta Rara, Bloco Ilu Inã, Gaby Nyarai, Bokão DDR, Gíria Vermelha, GOG, Rap Plus Size, Pedro Ankh, Rosi Lopes, Jé Versátil, Odisséia das Flores e Negotinho, Luedje Luna, Mc Tha, Bia Sankofa, Heloá, As Trincas, Ridson, Pariá, Naira Lais Gabi Juliano e Júlia Costa, Grupo Inseparabiliz, Raiz Criola, Fragmento Urbano, Engrenagem Urbana, Brisa Flow, Festa Pitangueira, Tati Botelho, Sharylaine, Nego Maz e Síntese, Lokazora, Pedro Ankh, DJ RM e outros mais a confirmar.

Queremos tomar os rumos da universidade nas nossas mãos, para transformar os espaços, currículos e pesquisas, e que tudo esteja em função de subverter o caráter de classe e o racismo estrutural da USP, que coloca centenas de mulheres negras no trabalho terceirizado e tão poucas sentadas nas salas de aula.

Odete, estudante de Letras, declarou "A Virada acontece num momento decisivo da campanha por cotas na universidade, um dia antes da votação na Comissão de Graduação que decidirá sobre as formas de ingresso no vestibular de 2018 da USP, a única universidade, das três estaduais, que se recusa a discutir e implementar cotas étnico-raciais. Por isso vamos realizar um grande festival, abrir os portões da frente da USP às negras, negros e indígenas com o intuito de arrancarmos as cotas na USP! Cotas já, e rumo ao fim do vestibular!"

O festival acontecerá nos dia 20 e 21 de Junho na FFLCH, no vão da história, e terá início nessa terça-feira às 17 horas. Confira o evento no Facebook. No dia 23, sexta-feira, será o encerramento da Semana de Luta por Cotas na USP e às 18h haverá um ato contra o cancelamento da Bolsa Cursinho na Secretaria Municipal do Trabalho (em frente à Galeria Olido). Além disso nesse dia o SINTUSP está organizando uma programação especial em sua sede: as 9h haverá uma Oficina de Bonecas Abayomi, as 10h haverá a exibição do filme “USP 7%” e ao meio dia um almoço temático.

A reunião da Comissão de Graduação que seria na quinta-feira, dia 22, será adiada para quarta-feira, dia 28, as 14h pois a Reitoria e a burocracia universitária ficaram com medo da mobilização do movimento negro, do movimento estudantil e de trabalhadores que havia marcado um protesto no dia da reunião em frente ao prédio.

 
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