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GOVERNO TEMER
Base de Temer manobra para que o golpista se mantenha comandando as reformas até 2018
Ítalo Gimenes
Mestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

Após o TSE finalizar o julgamento da chapa Dilma-Temer decidindo pela não condenação, base governista e articula mecanismos para blindar o golpista de resoluções institucionais que impeçam a manutenção de Temer até 2018, como uma provável denúncia de Janot na Câmara ou a PEC que convoca eleições diretas.

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Rodrigo Janot está há semanas avaliando uma provável denúncia contra Temer no caso Friboi Gate, com base nas delações e áudio de Joesley Batista, do grupo JBS. A denúncia seria encaminhada ao STF, às mãos de Edson Fachin, relator da Lava-Jato, alinhado com Janot nas investigações da operação, de modo que é esperado que o ministro acate a denúncia, encaminhando-a ao Congresso.

Temer então já articula com sua base diversas manobras para evitar que a denúncia seja levada adiante no Congresso, de modo que calculam os votos para barrar a denúncia, assim como articulam um relator na Comissão de Constituição e Justiça entre seus aliados. Em linhas gerais, Temer busca se fortalecer na Câmara das maneiras que pode, com o objetivo de se provar capaz de aprovar as reformas se mantendo no comando até 2018.

Saiba mais: Temer abre cofres para aliados para tentar barrar uma provável acusação de Janot

Além das manobras contra uma eventual ação judicial, sua base trabalha para impedir as discussões sobre a PEC necessária para a realização de eleições diretas. Por falta de quórum, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados encerrou reunião desta terça-feira (13) sem apreciar a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227/16, que prevê a realização de eleições diretas para presidente e para vice-presidente em caso de vacância, exceto nos seis últimos meses do mandato. A proposta estava fora da pauta desde 24 de maio e só foi reintroduzida depois de acordo firmado entre a presidência da comissão e a oposição.

Sustentada em especial por parlamentares do PT, mas também da Rede, PSB, como uma forma de combate pela “defesa da democracia” contra uma possível manutenção de Temer, ou tentativa de golpe dentro do golpe via eleições indiretas, essa PEC das diretas trata-se também de uma medida por dentro dos próprios mecanismos institucionais parlamentares espúrios do regime. Tais parlamentares priorizam esse tipo de medida frente a qualquer perspectiva de preparação desde a base de trabalhadores para um enfrentamento real na greve geral do dia 30 de Junho, como tem responsabilidade as centrais sindicais ligadas ao próprio PT. Realizam também uma manobra parlamentar para impedir o desenvolvimento da luta dos trabalhadores contra Temer, suas reformas e o regime podre, dando lugar a um combate meramente parlamentar.

 
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