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Paulinho da Força: o amigo de Temer que aceita as reformas, perde seus direitos políticos
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

Em meio ao 8º.Congresso da Força Sindical, realizado na Praia Grande entre os dias 12 e 14 de junho, Paulinho Pereira, deputado federal pelo Solidariedade e ex-presidente da Força Sindical teve seus direitos políticos cassados e declarou aceitar as reformas de Temer, desde que sejam negociadas.

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Nesta segunda feira, em meio ao primeiro dia do 8º. Congresso da Força Sindical, o Tribunal Regional Eleitoral condenou o deputado federal Paulinho Pereira (Solidariedade – SP), mais conhecido como Paulinho da Força a perda de seus direitos políticos por pelo menos cinco anos em virtude de improbidade na utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Segundo o denúncia do MPF, Paulinho teria contratado serviços Fundação João Donini (que não possui registro) para ministrar cursos profissionalizantes utilizando recursos do FAT. Segundo o Ministério Público Federal os contratos com essa fundação chegaram ao montante de R$215 milhões no período de 1999 e 2000.

Investigado pelo Supremo Tribunal Federal por desvios de verbas do BNDES, Paulinho também apareceu entre os nomes citados nas delações da Odebrecht por ter recebido propina no valor de R$ 200 mil para trair as greves nas Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira em 2012.

Eleito como deputado federal pelo Solidariedade, partido que foi parte ativa do impeachment de Dilma, Paulinho é ex-presidente da Força Sindical, central criada em 1991, como expressão do sindicalismo patronal no Brasil. A relação entre Força Sindical e o governo golpista de Temer se manifestou não apenas pela presença do ministro do trabalho do governo golpista de Temer, Ronaldo Nogueira na abertura do Congresso, mas sobretudo nas declarações de Paulinho que desde o inicio do ano apresentou primeiramente um projeto “alternativo de reforma da previdência” de 60 anos para os homens e 58 para as mulheres e depois anunciou aceitar trocar o apoio às reformas em troca da manutenção do imposto sindical.

Não bastassem esses anúncios escancarados de traição da Força Sindical, poucos dias depois das centrais sindicais terem votado um novo dia de greve geral para odia 30 de junho, Paulinho declarou em matéria da Folha de São Paulo de12/06 “Reformas sim, mas negociadas também com a sociedade real e verdadeira. É possível torná-las, dentro das propostas oferecidas pelo governo ao Congresso, aceitáveis para o povo. As intransigências, para isso, precisam acabar. Cabe ao governo essa iniciativa.”

Em meio a uma das mais importantes crises políticas do país se abre um cenário em que a classe trabalhadora precisa entrar como um fator determinante na política nacional para dar a sua própria saída para a crise política e impor que sejam os capitalistas que paguem pela crise. Precisamos impulsionar centenas de comitês nos locais de trabalho e estudo para tomar em nossas mãos o destino dessa luta, pois, a cúpula das centrais sindicais como a Força Sindical, CUT e CTB preparam mais dia menos dia uma traição aos trabalhadores. No caso da Força Sindical, desde a greve geral do dia 15 de março vem se expressando diversos elementos de pressão da base sobre a direção desta central, que não só foi determinante para que a Força Sindical não pudesse ficar de fora das últimas paralisações como também abriu diversas fissuras em sua cúpula. É necessário construir espaços de auto-organização dos trabalhadores para que sejam os trabalhadores que controlem os rumos da nossa luta e não fiquemos reféns dos acordos de gabinete entre a burocracia sindical, o governo e os patrões e avancemos para retomar os sindicatos para a luta de classes, preparando a organização dos trabalhadores nos locais de trabalho para atropelar a burocracia sindical.

 
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