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6 GIFs que explicam porque o Conselho Universitário da USP deve deixar de existir
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG

Você sabe o que acontece dentro do órgão máximo de deliberação da USP? Dê uma olhada nos GIFs e entenda porque essa podridão precisa ser destruída.

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Dando uma espiadinha no lado de dentro:

enquanto a maioria do corpo universitário é de estudantes, o Conselho Universitário é composto majoritariemente por professores. Estudantes tem apenas 15 membros e funcionários apenas 3num total de 166 membros e outros18 convidados escolhidos a dedo pelo Reitor da Universidade.

Quem paga a banda escolhe a música?

Parece que essa regra universal não vale pra USP. A universidade que é financiada pelos trabalhadores pela via de recolhimento de impostos achou que era mais conveniente ter 5 membros de entidades do capital (financeiras e industriais) do que membros da comunidade e representantes dos trabalhadores que financiam a universidade e possuem profundo interesse em toda pesquisa que poderia ser produzida aí dentro para melhorar a vida dos de fora. No fim das contas, quem escolhe a música é quem manda no capital, enquanto os trabalhadores chupam o dedo vendo as pesquisas serem direcionadas aos interesses de Dórias, Skafs, entre outros.

Apesar da crise financeira, o CO continua queimando dinheiro...

há cerca de 5 anos a direção da universidade pela via do reitor e do Conselho Universitário alegou que haveria uma crise financeira na universidade. Definiu que não haveriam mais concursos, aumento de salários e outras medidas de precarização da principal universidade do país e da América Latina. Foram contra, entretanto, diminuir seus próprios supersalários.

Parece a Ku Klux Klan, mas é o Conselho Universitário da USP...

apesar dos frequentes tensionamentos colocados pelo movimento negro, estudantil e de trabalhadores, o CO segue negando que possam haver cotas na USP sob os mais racistas argumentos. Dentro de uma reunião, já foi afirmado por uma pró Reitora de Graduação que se as cotas fossem aplicadas, a universidade sofreria uma queda de produtividade e se tornaria ainda mais perigosa. Para garantir que os negros não entrem, além de refutar as cotas, o CO aprovou a entrada da polícia na USP, que está ali para reprimir todo e qualquer ato pró cotas, piquetes de trabalhadores e perseguir as negras e negros que moram nas periferias do entorno e trabalham dentro da universidade.

Um grande centro de troca de favores...

de todas as empresas terceirizadas que estão na USP, uma grande parte é de professores do Conselho Universitário, que a cada vez que votam a favor das medidas de privatização e precarização do Governo do Estado, ganham misteriosamente licitações para administrar limpeza de edifícios e faculdades inteiras da USP. Outras licitações já foram associadas a professores do CO, de computadores, mobiliário, entre outras coisas.

Se é podre, melhor jogar fora.

A verdade é que, apesar de tentar passar uma aparência democrática, a estrutura de poder da USP remonta ao século XIX das universidades européias e latinas, onde Conselhor Universitários e Reitorados não fazem mais parte do poder universitário. Se a maioria é estudantil e os mais interessados na preservação da qualidade são os trabalhadores e professores que vivem o dia a dia da universidade, nada mais justo que essa proporção seja respeitada e que a democracia se faça viva a partir do fim do CO e de uma nova estrutura de poder que tenha maioria estudantil. Enquanto isso não acontecer, deve haver lá dentro uma voz em defesa da universidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre, que coloque um programa de democratização do acesso, ensino e poder, e que denuncie as falcatruas e absurdos que definem a realidade desse órgão podre.

A minha candidatura como Representante Discente ao Conselho Universitário está a serviço desse projeto de democratização radical da universidade e do programa de cotas já e fim do vestibular. Seja um apoiador dessa campanha curtindo e compartilhando as postagens da minha página no Facebook.

 
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