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TSE
Não será das mãos da justiça que derrubaremos Temer e as reformas
Julia Rodrigues

O presidente ilegítimo Michel Temer falou em uma reunião oficial no Palácio do Planalto, em Brasília, que sua trajetória não será interrompida e ficará na presidência até o fim do seu mandato em 2018. Na reunião ele anunciou um plano de crédito de R$ 190,25 bilhões para agricultores para agradar os ruralistas após crescimento do setor. Se segurando entre a falta de um novo nome, acordos e conchavos, é preciso uma forte greve dia 30 para derrotá-lo pelas mãos dos trabalhadores.

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Essa semana se iniciou o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aonde ministros e membros do judiciário, totalizando 7 privilegiados que recebem mais de 20 vezes o valor de um salário mínimo e não foram eleitos por ninguém da população, estão julgando se Temer deve ser deposto do cargo, vão determinar se a chapa praticou abuso político e econômico durante a campanha, contudo todos sabem que este fato é o que menos importa o que esta em jogo são os interesses políticos em manter ou não Temer no cargo.

Se julgarem que houve abuso econômico na eleição da chapa Dilma-Temer, o presidente pode perder o cargo. Esse circo político se estenderá até sábado, mas ao que tudo indica é que a votação será favorável a Temer, uma vez que este já havia garantido seus votos a partir de acordos.

Esse processo mostra o absurdo parcial e arbitrário da justiça. O processo que correu paralelo ao impeachment contra a ex presidente Dilma, é hoje uma alternativa para tirar Temer do cargo, contudo no caso desse o ministro Gilmar Mendes parece não ver irregularidades. Que ironia da história para o Juiz.

Por trás desse teatro com dia e hora pra acabar, apesar de tudo indicar que a chapa não será cassada. Não podemos ficar na expectativa do TSE, muito menos da Justiça, resolver o problema com o Temer. A justiça está em defesa dos ricos empresários que são os que realmente governam o país, por meio desse governo golpista ditam as regras do jogo e os jogadores.

Os que querem tirar Temer do poder pelas vias institucionais, através de eleições indiretas em caso de vacância da presidência, têm planos tão ruins quanto o do atual golpista, querem através desse processo aprofundar os ataques de forma mais autoritária. Contudo frente ao rechaço popular a essa medida estão todos pensando a melhor forma de levar adiante as reformas contra a população sem permitir que exploda mais greves e luta de classes.

Não importa se com Temer ou sem Temer, o objetivo é descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e trabalhadoras. Contudo, pós dia 28, onde ocorreu a Greve Geral, os cálculos dos políticos e juízes colocam na mesa o peso operário e popular de resistência aos ajustes. Temer mal se segura, mas não tem substituto que consiga ”pacificar” o pais, como dizem a mídia, por outro lado eleições indiretas é um risco frente a impopularidade, e nesse emaranhado de possibilidades insustentáveis, Temer segue como aposta para os ajustes, dia a dia com a “faca no pescoço”. Janot pode ainda ter uma nova cartada.

Enquanto os de cima afundados em intermináveis escândalos de corrupção querem nos atacar por todos os lados precisamos tomar em nossas próprias mãos os rumos do país, partindo de tomar a greve do dia 30 em nossas mãos. Precisamos dar uma saída dos trabalhadores para a crise preparando a greve Geral.

Está na ordem do dia organizar a greve geral marcada pelas centrais sindicais no dia 30 de junho. Sem dar mais nenhum minuto de folga para o governo respirar na tentativa de aprovar as reformas, milhões de trabalhadores devem cruzar os braços e ir às ruas para derrubar Temer e todas as suas reformas.

Depois da força que a classe trabalhadora mostrou na paralisação do dia 15 de março, na greve geral do dia 28 de abril, e na Ocupação em Brasília que virou um cenário de guerra e resistência, a próxima greve geral pode ser decisiva para derrubar Temer e seus ataques, e fazer vencer nossa luta.

Tomar a luta em nossas mãos significa cada trabalhador e jovem organizar ofensivamente em seus locais de trabalho e estudo comitês de base e assembléia, como parte de um plano de lutas que venha da base para a derrubada de todas as reacionárias medidas do governo. Sem ficar reféns dos tempos e política que as centrais sindicais querem impor.

Não podemos ficar a mercê das negociatas de um bando de políticos corruptos decidirem os rumos da política enquanto pensam no próximo nome para substituir Temer. Os jovens, trabalhadores, mulheres, negros e LGBTs através dos comitês podem de ir muito além de exigir Eleições Diretas, podendo construir uma greve geral até a derrubada de Temer e todas suas reformas e avançar para impor uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, que não mude apenas os jogadores, e sim altere as regras do jogo, estabeleça mudanças estruturais nas leis do país começando por anular todos os ataques que já foram aprovados.

 
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