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EMPRESÁRIO JOÃO DÓRIA
Doria mudará licitações de ônibus para empresários lucrarem mais e o transporte piorar
Victor Mariutti, estudante de Ciências Sociais USP
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Nesta quinta-feira, 1º de junho, a prefeitura de São Paulo realizou uma audiência para apresentar as novas diretrizes para as licitações de ônibus na cidade, segundo as quais as concessionárias terão os subsídios do município garantidos independentemente da variação do número de passageiros. O repasse, sob o modelo apresentado por Doria, será em base aos gastos das empresas e à determinados índices de qualidade. As novas diretrizes também flexibilizam as metas de redução de poluentes. As empresas de ônibus que atuam em São Paulo aplaudiram a reforma.

Atualmente, o valor repassado dos cofres públicos da cidade às empresas de viação está atrelado ao número de usuários que elas atendem. Apesar dos lucros já altíssimos das concessionárias, de mais de R$350 milhões anuais, elas assumem um "risco" de investimento relacionado a variação na quantidade de passageiros. Sob as novas diretrizes de Doria, a prefeitura, o dinheiro público, assumirá esse risco. Segundo especialistas, essa política poderá resultar na disparada do valor repassado às viações.

Essa medida dá continuidade às políticas da gestão petista anterior que também resultaram no aumento do subsidio público às empresas privadas de transporte.
Uma das primeiras medidas da prefeitura tucana de São Paulo junto ao governo de Alckmin foi o aumento de quase 15% nas integrações nos transportes coletivos. Essa nova diretriz para as licitações segue essa mesma lógica privatista que busca privilegiar os empresários do transporte e imputar sobre a população os riscos de investimento e os custos desse serviço que é um direito de todos.

O projeto privatista da gestão Doria visa submeter todos os serviços públicos aos interesses mercadológicos dos patrões. Está prevista a privatização de diversos bens e serviços públicos de São Paulo, o que é um grande ataque aos servidores públicos municipais e à população que usa esses serviços. Para que o direito ao transporte seja assegurado à todos, os ônibus, os trens e o metrô, que já são altamente subsidiadas com dinheiro público, devem ser estatizados sob controle dos operários, de modo que deixem de servir às ganâncias e lucros dos empresários para atender as demandas da população.

 
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