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GOVERNO TEMER
Base aliada quer enfrentar Janot por Temer, mas ambos estão juntos contra ação das massas
Ítalo Gimenes
Mestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN
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Frente a uma conjuntura política com diversas divisões “nas alturas” sobre de que maneira a crise política será contornada, a base do governo segue trabalhando para a manutenção de Temer, mesmo que em situação de “semi-governo”, se preparando para enfrentar as ofensivas do Judiciário. Nada mais que uma briga para solucionar a crise “por cima”, pela institucionalidade, preservando o regime da ação das massas.

Com fé de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, irá apresentar na próxima semana uma denúncia ao STF contra Temer (e que deve ser acatada, sob decisão do ministro Edson Fachin), base aliada já começa a se articular para angariar os 172 votos necessários para barrar a denúncia na Câmara de Deputados.

A base que restou do governo batalha para que ele se mantenha no cargo até 2018, de modo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vem rejeitando os diversos pedidos de impeachment ao presidente. Trata-se de uma tentativa de dar “sobrevida” a Temer, que já está ferido de morte com as delações da JBS, mas que se mantem com ajuda da sua base, principalmente do PSDB, ao menos enquanto não aparece uma nova figura que seja alternativa à governabilidade em prol das reformas contra os trabalhadores, ao golpe dentro do golpe.

Por outro lado, setores do Judiciário, em especial do Ministério Público Federal, representados pela figura de Janot, têm buscado seguir arbitrando na política nacional, com a postura quase que de um “Partido Judiciário”, ditando os rumos da conjuntura, no momento criando elementos ofensivos contra Temer, favorável a uma queda “nas alturas” que se antecipe a uma queda pela ação das massas. O julgamento no TSE da chapa Dilma-Temer na próxima semana aponta nesse sentido, porém pode sofrer pedido de vista e prolongar a estadia de Temer. Janot poderia dar essa nova cartada no STF para seguir pressionando.

Porém, tanto a base do governo, quanto os setores do Judiciário não conseguem deixar de pensar na possibilidade concreta da ação das massas derrubar Temer, como a histórica greve geral do dia 28 de abril e a marcha em Brasília provaram ser possível. Isso seria uma ameaça seríssima às reformas contra os trabalhadores (trabalhista e previdenciária) que tanto presam, portanto buscam rapidamente, mesmo que batendo cabeças, uma resolução para a crise que evite isso. É então urgente que as centrais sindicais convoquem a greve geral e preparem-na em cada local de trabalho e estudo, onde são necessários comitês de base para que a greve geral possa dar um combate que derrube Temer sob ação das massas e levante a possibilidade de uma Constituinte que não só barre as reformas, mas revogue todas a PEC do teto, a terceirização generalizada e todos os ataques contra os trabalhadores implementados desde a Constituinte de 88.

 
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