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METRÔ
Metroviários de SP indicam greve para 6 de junho contra retirada de direitos
Redação
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Após a quinta rodada de negociações, as propostas enviadas pelo Metrô para o acordo coletivo são uma grande coleção de ataques aos direitos conquistados nas últimas décadas. Além do reajuste salarial de apenas 3,71%, querem o fim do atual plano de previdência e saúde, acabar com a PR anual e o adicional por periculosidade, reduzir o pagamento das Horas Extra e impor o uso de Banco de Horas. A empresa também se recusa a realizar a equiparação salarial para os trabalhadores que exercem as mesmas funções, enrola para seguir a determinação judicial de reintegração dos demitidos políticos, e ainda se recusa veementemente em negociar o conjunto da pauta de reivindicações da categoria. A campanha salarial que deveria ser o momento para se avançar em mais direitos, está sendo marcada pela intransigência e ataques a conquistas históricas.

Sobre isso, Felipe Guarnieri, operador de trem da Linha 1 e membro da comissão eleita de negociação, falou ao Esquerda Diário:

"O Metrô diz que não tem dinheiro para atender as reivindicações, e ainda usa dessa justificativa para ir além e não manter nossos direitos. Entretanto, dinheiro para caixa 2 tucano nas eleições nunca faltou."

Diante da proposta inaceitável, a Assembleia dos Metroviários reunida em 30/5 rejeitou o acordo, e indicou que as negociações devem prosseguir. Para aumentar a pressão por um acordo que mantenha minimamente os direitos já conquistados, foi aprovado também o seguinte plano de lutas:

  •  Vigília durante a negociação, dia 1/6, às 11h, em frente ao Cidade II.
  •  Intensificação do uso de coletes e retirada de uniformes a partir de 1/6
  •  Suspensão de Horas Extra e "quebra-galho"
  •  Setorial da manutenção noturna do dia 31/5 para 1/6, na estação Sé
  •  Participação no próximo dia de Greve Geral convocado pelas Centrais Sindicais
  •  Nova assembleia no dia 1/6, às 18h30
  •  Indicativo de greve para 0h do dia 6/6

    Guarnieri ainda completou falando sobre a importância de ligar a Campanha Salarial com a luta contra Temer e as reformas:

    "Os governos têm 2 formas de atacar nosso acordo coletivo. Uma estão fazendo agora durante a campanha salarial. A outra é por meio das reformas que estão no Congresso em Brasília. Por isso, os metroviários não podem tratar essas duas batalhas como separadas. Atacar os nossos direitos é base para que avancem no projeto de privatização do Metrô. Por isso, na assembleia a partir do Movimento Nossa Classe nós propusemos e foi aprovado um comitê de base dos metroviários contra as Reformas no dia 23/6, para chamar outras categorias e a população na preparação da nova greve geral. Cabe agora à diretoria organizar a convocação do comitê."

    Foto Paulo Iannone

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