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LAVA JATO
Fachin autoriza interrogar Temer: Uma via de fortalecer eleições indiretas?
Amanda Navarro

Nesta terça feira, 30, o ministro Edson Fachin autorizou o interrogatório de Michel Temer no inquérito em que o presidente golpista é investigado após as delações dos donos da JBS. Fachin decidiu também separar a investigação de Aécio Neves do inquérito do atual presidente, que também incluí o deputado Rodrigo Rocha Loures.

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O interrogatório de Michel Temer será feito por escrito, devendo ser respondido em até 24 horas após seu recebimento pelo presidente. A Polícia Federal tem 10 dias para concluir o inquérito mas este prazo pode ser prorrogado caso haja necessidade.

A defesa de Temer havia pedido anteriormente que o interrogatório fosse feito por escrito e a Procuradoria Geral da República declarou que quer esclarecimentos sobre o áudio de Joesley. Para Rodrigo Janot (Procurador Geral da República) o conteúdo da fala de Temer nos áudios configurariam uma confissão extrajudicial, apontando que houve permissão de Temer para o pagamento da propina.

O inquérito já havia sido autorizado no dia 18 de maio, buscando apurar se há comprovação de que o presidente concedeu a permissão para que Joesley Batista, da JBS, realizasse o pagamento da propina para Eduardo Cunha, que foi preso pela Operação Lava-Jato.

Cada passo de Fachin contra Temer é um elemento a mais de instabilidade em seu governo. Embora a resposta por escrito possa ser um elemento de vantagem ao presidente, a própria autorização ao interrogatório pode pressionar pela necessidade de trocar o presidente. A queda de Temer pelas mãos do judiciário golpista não poderia ter outro efeito se não a escolha, muito provavelmente por eleições indiretas, de outro presidente para aplicar as reformas.

O judiciário, assim como os demais bandos burgueses em disputa pelo desfecho deste capítulo da crise política, terá em todas as suas saídas a necessidade de garantir a retirada de direitos da classe trabalhadora e do povo em nome de reequilibrar o país para os capitalistas. A única via para que o governo de Temer, junto com todas essas reformas, seja derrubado, é pela mobilização dos trabalhadores e da juventude, assim como foi no 28A, quando milhões cruzaram os braços e pararam o país, ou mesmo na marcha à Brasília, quando a combatividade da manifestação expressou a raiva da população às reformas.

 
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