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DECLARAÇÃO
Temos força para uma greve geral até a derrubada das reformas e Temer
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.
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As centrais se reuniram para convocar nova greve geral, mas ainda sem data certa. Um mês depois da maior mobilização operária em décadas, e dez dias depois de iniciada uma aguda crise política, somente nesta segunda-feira as centrais sindicais se reuniram para indicar uma nova greve geral. Porém, ainda sim, estão chamando sem uma data concreta.

As paralisações nacionais do dia 15 de março e 28 de Abril levaram a amplas massas o sentimento de que a força da mobilização independente pode frear os ataques. No entanto, o PT e a CUT e as demais centrais sindicais passaram um mês se recusando a convocar uma nova paralisação nacional. Restringiram-se a organizar a marcha a Brasília, consciente que por maior que fosse não teria a força necessária para derrubar Temer e o Congresso corrupto e ajustador.

Agora, passados 10 dias da escalada da crise com a tentativa de golpe dentro golpe, as centrais convocaram uma nova paralisação nacional. Se depender das direções sindicais e do PT essa paralisação não será uma paralisação ativa, organizada desde a base, mas controlada para que não entre em ação a espontaneidade e a combatividade operária.

Frente à crise aberta com a tentativa de golpe dentro do golpe contra Temer. Lula, Dilma e os governadores do PT buscaram canais de diálogo com Fernando Henrique Cardoso e o PSDB para fechar algum pacto de eleição indireta, tal como Lula tinha dado corda para que a bancada do PT apoiasse o candidato do governo golpista para presidir a Câmara. Isso mostra como as Diretas Já e a luta contra as reformas não são para os petistas um sério plano de luta mas somente parte de sua campanha eleitoral para 2018, ou uma alternativa para pactuar com os velhos partidos do regime caso um novo governo formado por eleições indiretas também venha a fracassar.

Se depender das direções sindicais e do PT essa paralisação não será uma paralisação ativa, organizada desde a base, mas controlada para que não entre em ação a espontaneidade e a combatividade operária. A partir do MRT defendemos a necessidade de exigir, em cada local de trabalho e estudo, assembleias de base e comitês de mobilização amplos, para organizar uma greve geral com piquetes massivos nos serviços estratégicos e nas concentrações industriais mais importantes para superar o que foi o 28A. É preciso preparar uma greve geral política que se mantenha com comitês de autodefesa até que caia Temer ou o governo golpista que o suceder e sejam anuladas definitivamente todas as reformas. Também defendemos a luta por uma nova Constituinte para anular todas reformas já realizadas e aqueles em andamento e que ataque pela raiz a corrupção e coloque no centro da discussão política todas as reivindicações operárias e populares com um programa para que a crise seja paga pelos capitalistas. Esse seria o único caminho capaz de conquistar as camadas mais baixas da classe média para uma saída independente da Lava Jato e de todos partidos do “velho regime”.

Chamamos o PSOL e as organizações de esquerda a se somar a essa perspectiva e colocar todas as suas forças parlamentares para construir a mobilização e impulsionar um ativismo capaz de superar o controle das centrais sindicais como a CUT, CTB e a Força Sindical. Buscamos que a CSP-Conlutas construa um polo alternativo à burocracia sindical no movimento sindical. Fazemos isso explicando que essa luta permitirá que os trabalhadores e o povo pobre façam a experiência com os mecanismo da democracia para os ricos e assumam para si a necessidade de lutar por um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

 
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