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RENÚNCIA
Contrariando expectativas do governo, Maria Silvia se demite do BNDES
Valéria Muller

A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, renunciou ao cargo nesta sexta (26). Em meio à crise política em que se afunda o governo, e dois dias após a PM transformar Brasília em uma praça de guerra para defender as reformas, ela alegou motivos pessoais como justificativa do seu afastamento.

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Em comunicado interno distribuído nesta sexta aos funcionários do BNDES, Maria Silvia informa que toda a diretoria seguirá no cargo. A diretoria assumiu logo após o golpe institucional, no ano passado. O diretor de Operações Indiretas, Ricardo Ramos, responderá interinamente pela presidência do banco. Ramos é funcionário de carreira da instituição de fomento.

Aos funcionários do BNDES, Maria Silvia alegou motivos pessoais para renunciar. Porém seu afastamento do cargo ocorre em meio à uma grave crise do governo Temer, que mal se sustenta no poder, perdendo sistematicamente o apoio do que antes era sua base.

A renúncia de Maria Silva, apesar de sua alegação de motivos pessoais para tal, também vai contra as previsões do próprio governo. Recentemente, ela foi alvo de críticas de setores aliados, principalmente por ter travado o crédito. Na ocasião, o setor de comunicação do Palácio do Planalto chegou a afirmar que havia "zero chances" de Maria sair. Sua renúncia demonstra, mais uma vez, como as afirmações do governo pouco se sustentam.

Um dos setores que está em plena discussão se continua ou não na base o governo Temer é o PSDB, com quem Maria tem relações anteriores à sua atuação no BNDES, tendo inclusive sido convidada a presidir a Petrobrás durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Sua saída pode ter, de fundo, o início da retirada do PSDB do governo. Os tucanos, até o momento, continuam com Temer enquanto articulam eleições indiretas com outros setores da casta política corrupta.

Outra figura importante ligada ao PSDB é Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás. A Federação Única dos Petroleiros, dirigida pela CUT/PT, já vem exigindo sua renúncia. Seria ele o próximo a abandonar Temer, antecipando uma saída dos tucanos do governo antes mesmo da saída oficial do partido?

Essa e tantas outras perguntas estão para serem respondidas pelo desenrolar da crise política. A saída do PSDB seria um duro golpe no governo golpista mas, mesmo com o apoio do partido, o governo segue enfraquecido.

Com informações da Agência Estado.

 
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