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EXÉRCITO EM BRASÍLIA
Ministros de Temer tentam amenizar seu autoritarismo e justificar brutal repressão de ontem
Redação

O ministro da Defesa e o do Gabinete de Segurança Institucional, em declaração pública sobre o recuo de Temer em relação ao decreto que convocou exército para atuar em Brasília ontem, buscaram amenizar o clima de maior instabilidade instaurado, escondendo Temer e assumindo as dores do presidente. Nada esconde tamanha violência contra trabalhadores que lutavam em defesa dos seus direitos.

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Raul Jungmann, ministro da Defesa, e o General Etchegoyen, ministro o GSI, apareceram em rede nacional nessa manhã para anunciar o recuo de Temer em relação ao decreto que colocou exército para reprimir trabalhadores e jovens contrários às reformas da Previdência e Trabalhista, partindo de assumirem para si a responsabilidade dessa decisão e justificando-a, alegando baderna e vandalismo dos manifestantes, enquanto a repressão utilizou até mesmo arma de fogo contra estes.

Segundo a declaração, foram os próprios ministros que haviam sugerido para que Temer assinasse tal decreto quando o começaram a acender fogueiras próximo ao prédio do Ministério da Agricultura. Dizem isso também com a intenção neutralizar o conflito entre o presidente e seu braço direito, presidente da Câmara Rodrigo Maia, que havia solicitado mais repressão, mas sem convocar o exército. Evitaram falar sobre a declaração do governador do Distrito Federal, que criticou o decreto de Temer, para “evitar querelas” com o governador. Evidentemente tratou-se de uma declaração que buscava preservar (se é que ainda é possível) a figura de Temer, poupando-o inclusive das câmeras.

Além disso, os ministros remetem a utilização desse decreto por partes dos governos anteriores, do PT, para justificar que ele devesse ser utilizado ontem. Em todos os momentos em que citaram, como durante a Copa, a utilização do decreto foi também de brutal repressão contra os trabalhadores, como quando lutavam para que não fossem despejados de suas casas para a construção dos estádios.

Não há justificativa para o que foi feito. A violentíssima repressão de ontem evidentemente pretendia impedir a todo custo que o único setor que pode derrubar Temer e botar em cheque as reformas que todos os juízes, deputados, senadores, etc. que estão desgostosos com o presidente seguem defendendo a todo custo. O decreto que convocou o exército foi o ápice de um autoritarismo desesperado de um governo profundamente em crise que tenta se manter aumentando brutalmente o nível de repressão contra a sua pior ameaça. Temer foi diretamente responsável pela violência e pelo autoritarismo que vimos nas inúmeras imagens de ontem, pois carrega consigo o projeto golpista das reformas e a truculência do grande aparato repressivo para bater em jovens e trabalhadores.

 
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