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FORA TEMER
“Se quiserem, me derrubem”, desafia o golpista Temer
Redação
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Com as delações da JBS, o governo do golpista Temer enfrenta seu pior momento. Sua popularidade antes da divulgação do conteúdo das delações que o incriminam era de 4%. Ainda assim, em pronunciamento na quinta-feira passada (18/05), Temer esbravejou: Não Renunciarei!

Hoje em entrevista em entrevista publicada pelo jornal Folha de São Paulo, Michel Temer desafiou: Se quiserem, me derrubem”.

Na entrevista Temer é questionado sobre a razão de receber o empresário Joesley Batista, que é investigado pela Lava-Jato desde julho de 2016, por fora da sua agenda oficial. O golpista nega saber que Joesley era investigado, mas admite o “habito” (ilegal) de receber empresários e outras pessoas de forma corriqueira sem constar em sua agenda. Na gravação da conversa entre Temer e Joesley, o empresário da JBS afirma ter “comprado” dois juízes e um procurador. Temer, porém, atribui a confissão criminosa de Joesley a bobagens.

A lei 12.813/13 afirma que é obrigação dos agentes públicos “divulgar, diariamente, por meio da rede mundial de computadores - internet, sua agenda de compromissos públicos.” Afinal, a própria lei burguesa entende que encontros fortuitos de presidentes com empresários só podem resultar em negociatas de privilégios. Em seguida, o presidente escuta uma confissão criminosa de “compra de juízes e procuradores” dita por um sujeito investigado em 5 operações da polícia federal e acha natural. Num país onde empresários como Joesley, Marcelo Odebrecht e muitos outros lucram bilhões com o uso de verbas públicas e com favorecimentos em transações financeiras e licitações milionárias (tudo às custas do dinheiro público), ter um juiz e um procurador soa muito natural.

Mais adiante na entrevista, Temer também defende o deputado Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor, a quem nega ter qualquer relação de proximidade, somente institucional. Loures foi filmado recebendo meio milhão de reais em propina da JBS. “Rodrigo certamente foi induzido, foi seduzido por ofertas mirabolantes e irreais.” “Ele é um homem, coitado, ele é de boa índole”. Aparentemente, para o presidente golpista, quem recebe 500 mil reais em propina é de boa índole. Vale lembrar que Rafael Braga foi condenado à 11 anos de cadeia por portar pinho sol em manifestação contra o governo em junho de 2013. Infelizmente, para deputados como Loures, empresários como Joesley Batista e presidentes golpistas como Michel Temer se é garantido tudo.

Por fim, Temer, confiante na impunidade aos corruptos que o sistema capitalista garante, afirma “Eu não vou renunciar. Se quiserem, me derrubem, porque, se eu renuncio, é uma declaração de culpa.”Seu principal objetivo é passar todas as reformas, trabalhista e da previdência, que atacam os trabalhadores e favorecem os empresários.

Temos que sair as ruas pela derrubada de Temer e das reformas. Partidos como PSDB e a mídia burguesa apontam uma saída reacionária com eleições indiretas para que o próximo governo continue com os ajustes e ataques aos trabalhadores. Eleições diretas, como querem parte da esquerda e o PT, mas também a direita com Espiridião Amin do PPS e Ronaldo Caiado do DEM, muda apenas os jogadores, mas mantém as mesmas regras do jogo corrupto que ataca os trabalhadores.

Temos que mudar as regras do jogo. Os trabalhadores não vão trabalhar até morrer. Precisamos lutar por uma greve geral para impor uma Constituinte livre e soberana que possa revogar todos os ataques do governo Temer, mas também dos governos anteriores, de Collor, FHC, Lula e Dilma.

Uma Constituinte para expropriar todas as empresas desses corruptos, como Joesley Batista e Marcelo Odebrecht, para colocá-las sob controle dos trabalhadores e a serviço das necessidades do povo. Para também enfrentar o problema da corrupção, pois não podemos confiar neste judiciário e neste parlamento, essa constituinte, poderia impor juris populares para julgar corruptos e corruptores, impondo medidas como que todo político, juízes e funcionários de alto escalão ganhem o mesmo salário que uma professora.
O capitalismo e a corrupção são inseparáveis. Por isso a luta contra as reformas que vão nos fazer trabalhar até morrer deve estar ligada à luta contra esse regime corrupto.

 
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