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MBL volta rapidamente para os braços de Temer
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Movimentos direitistas e reacionários como o Movimento Brasil Livre recuam no pedido de renúncia de Temer. Sua oposição facilmente esbarra no apoio às reformas contra os jovens e os trabalhadores.

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Apesar do discurso de serem, antes de tudo, contra a corrupção, na tarde desta sexta-feira, alegaram não ter informações suficientes para julgar Temer e deixar a posição, frente ao ocorrido, em aberto.

Após o escândalo da delação da JBS envolvendo o presidente golpista Michel Temer, organizações reacionárias de direita como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua demonstraram seu total oportunismo e falta de coerência e começaram a pedir pela renúncia de Temer, aquele que antes haviam apoiado em suas reformas e planos de privatização e concessões.

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Entretanto, nesta sexta-feira, o MBL decidiu recuar na posição de pedido da renúncia de Temer, alegando, através do coordenador Kim Kataguiri, que a investigação necessita de mais informações para que eles firmem uma posição frente ao que está acontecendo. O movimento Vem Pra Rua, que havia chamado manifestações em diversas cidades do país para este domingo, suspendeu a convocação, como parte desse recuo.

Dessa forma, percebemos como esses movimentos direitistas não se propõem de fato a ser uma oposição, já que, apesar de alegarem ser contra todos os políticos corruptos, defendendo a justiça burguesa, apoiam todas as medidas reacionárias que o governo quer implementar, justificando, inclusive, a suspensão ao chamado de renúncia de Temer.

Em meio a essa crise do governo, quais são então as saídas que o MBL enxerga? Estiveram sempre apoiando as reformas de Temer, servindo de garotos propaganda do governo; desde quarta-feira, com a delação da JBS, saltaram do barco e passaram a levantar cartazes pedindo a renúncia do presidente. Agora anunciaram esse recuo, comprando o lado de alguns setores da mídia e do governo de que os áudios que fazem parte da investigação contra Temer são, por hora, inconclusivos.

Em meio a posições oscilantes (com a seta apontando para onde está a implementação das reformas), fica clara a política que esses movimentos reacionários, o MBL em específico, possuem e praticam. Por trás do discurso anti-corrupção, o MBL, financiado por empresas multinacionais bilionárias, tem como objetivo alinhar o país com os setores mais reacionários do imperialismo, para que se aplique cada vez ajustes mais duros nas costas da população, defendendo a implementação das reformas que atacam os direitos dos trabalhadores, como a reforma da previdência e a trabalhista.

Nesse contexto político turbulento e decisivo, é importante ter em vista as saídas que se apresentam. As eleições diretas ou indiretas não são uma resposta para e dos trabalhadores, pois ao eleger novos políticos, permanece o mesmo jogo de cartas marcadas. Agora é hora de tomarmos toda essa força de mobilização e o futuro em nossas mãos, em comitês organizados em cada local de trabalho e estudo, para irmos às ruas, à marcha em Brasília no dia 24 de maio e lutarmos por uma greve geral urgente pela derrubada de Temer e das reformas impondo uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, em que mudaremos, não as cartas, mas as regras de privilégios dos políticos e juízes, fazendo-os receberem o mesmo salário de uma professora, e que sejam revogáveis a qualquer momento.

 
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