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JUDICIÁRIO
Supremo barraco: Gilmar Mendes xinga Marco Aurélio. A crise política está rachando o STF
Leandro Lanfredi
Rio de Janeiro | @leandrolanfrdi
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O judiciário emergiu como ator destacado em meio à crise política nacional. Ao arbitrar sobre as alas em disputa, e poder com liminares, pareceres e julgamentos definirem não são como manteriam ou rasgariam a Constituição acabaram por importar as disputas políticas do regime para dentro do judiciário.

Janot e Gilmar Mendes vivem na troca de ataques. Janot pediu o impedimento de Gilmar Mendes em casos envolvendo Eike Batista depois que esse concedeu Habeas Corpus. Depois disso (com ajuda de Gilmar Mendes?) vazou informação de que Janot tem parente defendendo a OAS e também deveria ter impedimentos. Com a saia justa do pedido de Janot, Carmén Lucia, presidente do STF precisa colocar a questão em plenário.

Adiantando-se à votação Marco Aurélio de Mello, vice-decano, o segundo membro mais antigo da mais alta corte nacional já declarou impedido por ter sobrinha no mesmo escritório da esposa de Gilmar Mendes. A decisão de Marco Aurélio aumentou a pressão sobre o ministro tão amigo dos tucanos. Mas este já tinha declarado que não se pronunciaria impedido de julgar casos que estejam relacionados com o escritório de sua esposa.

Como está propenso a elevar o "nível do debate", Gilmar foi a um jornalista do O Globo e declarou: "Os antropólogos, quando forem estudar algumas personalidades da vida pública, terão uma grande surpresa: descobrirão que elas nunca foram grande coisa do ponto de vista ético, moral e intelectual e que essas pessoas ao envelhecerem passaram de velhos a velhacos. Ou seja, envelheceram e envileceram."

Essa quebra de decoro, xingamentos, pedidos de impedimento expressam como a crise política instalou-se com toda força dentro do STF. Rachando o plenário entre aqueles que estão se alinhando com a Lava Jato (como Fachin que decidiu que temas da operação serão remetido ao plenário e não a turma que libertou Eike e José Dirceu) e por outro lado, Gilmar Mendes e outros que estão desenvolvendo críticas públicas à Lava Jato e ao MPF. Essa posição se associa a defesa de interesses do que viemos chamando de "casta política".

Como desenvolvemos em artigo na recém lançada revista Ideias de Esquerda em situações de crise da hegemonia como vivemos, poderes da burocracia civil ou militar ganham força. E assim, em nosso país o judiciário colocou-se no centro. Ao fazer importou para si as contradições e as crises alas do regime.

 
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