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Na semana do 13 de maio, seminário debate Revolução Haitiana na Unicamp
Flávia Telles

Como parte do ciclo de seminários Ideias de Esquerda, ocorrerá hoje, semana do 13 de maio, no IFCH-Unicamp um debate com Lourival Aguiar e Jennifer Tristan sobre a importância histórica da Revolução Haitiana e a luta dos negros no Brasil, discutindo com os que tentaram apagar os feitos da Revolução Haitiana e seu impactos nos grandes eventos de transformação da sociedade ocidental.

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Na semana do 13 de maio, em que para uma certa historiografia, que ganha as páginas dos livros didáticos que vão às escolas, ocorreu a abolição da escravidão por obra do pensamento iluminista, e da economia liberal. Partimos da Revolução Haitiana para mostrar exatamente o contrário, a abolição da escravidão foi obra das rebeliões, revoltas e revoluções dos próprios negros escravizados.

E assim como na Revolução Haitiana, no caso brasileiro podemos dizer que a abolição da escravidão no dia 13 de maio de 1888 não foi obra da princesa Isabel ou da pressão britânica sobre os que queriam manter a escravidão no Brasil, esses não hesitariam em mantê-la se assim pudessem, mas sim consequência da resistência dos negros e negras que tentaram apagar de nós.

Sabemos que o 13 de maio, que para o movimento negro é considerada a falsa abolição, não significou o fim do racismo, pelo contrário, o racismo tomou outras formas, e segue marcando a vidas de todos os negros no Brasil, por isso, ao invés do 13 de maio, reivindicamos o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, como uma dia de homenagem a tudo o que significou Zumbi para a luta contra a escravidão.

Esse debate ainda se torna mais fundamental por conta do momento político nacional, em que Temer e suas reformas querem arrancar todos os direitos dos trabalhadores e da juventude, e são ataques que sabemos que irá recair com mais força na vida dos negros e negras, como a reforma trabalhista e a reforma da previdência, por exemplo.

Na Unicamp, a partir da nossa greve do ano passado, estamos em mobilização pela defesa das cotas étnico-raciais, que apesar de já existirem na maioria das universidades no Brasil, aqui a universidade de excelência se negou a fazer esse debate e a inclusão dessa política. Por isso, mais do que nunca, retomar a história dos negros, que é de luta e resistência, é fundamental e esse debate vem no sentido de contribuir na nossa mobilização dentro e fora da universidade.

 
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