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REFORMA TRABALHISTA
Arma secreta dos patrões na reforma trabalhista: demissão em massa sem negociação
Rodrigo Tufão
diretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe
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Depois da aprovação relâmpago na Câmara dos Deputados segue para o Senado a reforma trabalhista. O projeto prevê a alteração em mais de cem pontos das leis que regem os direitos do trabalho. Um congresso corrupto, pretende levar a frente uma reforma que flexibiliza direitos e privilegia o empregador. Falam que nessa reforma prevalece o negociado sobre o legislado, mas ocultam que ela prevê a possibilidade de demissão em massa sem sequer negociar com os sindicatos. Eis a "livre negociação".

Entre as mais de cem alterações, uma ideia chama a atenção: o tal "acordado sobre o legislado". Isso é vendido pelo governo e mídia,como algo que beneficia a negociação entre patrão e empregado, porém omite que a palavra final é do patrão. Então as categorias mais organizadas terão que se desdobrar para conseguir manter suas conquistas. E as mais desorganizadas, com sindicatos pelegos, que são as mais precarizadas do país, serão brutalmente esmagadas pelos seus patrões. Para a maioria, não terá negociação, terá imposição.

Até demissão em massa poderá ocorrer sem negociação sindical, se isso pode é o "negociado" sobre o legislado. Então imaginemos a negociação!

O projeto ainda diz que alguns pontos não são negociáveis, como o FGTS, 13° salário, licença maternidade de 120 dias, férias proporcionais. Porém as jornadas de trabalho, tempo de refeição, banco de horas, plano de cargos e salários, remuneração por produtividade, participação nos lucros, parcelamento de férias em até três vezes, licença para gestantes que trabalham em lugares de baixa ou média insalubridade, entre outras dezenas de questões específicas da vida do trabalhador.

Ficarão a mercê da "livre" negociação entre patrão e empregado, e se os trabalhadores e sindicatos não aceitarem livremente, existe a demissão em massa sem sequer negociar...

Nos dias 15/03 e 28/04 os trabalhadores entraram em cena, mostrando uma parcela de sua força social. Deixando claro o repúdio as reformas do governo, apesar de toda propaganda midiática e intimidação nos locais de trabalho. O país parou! Manifestações tomaram as ruas Brasil à fora, não teve como esconder. Mesmo assim o governo e seu congresso de corruptos querem levar a frente essas reformas, pois é o único jeito de permanecerem no poder mantendo seu foro privilegiado, em tempos de lava jato.

É necessário uma greve geral até derrubar essas reformas e Temer, e derrubar esse governo golpista. Uma nova constituinte se faz necessária, para que os trabalhadores coloquem na ordem do dia suas demandas mais sentidas. Dia 24/05 temos que ocupar Brasília, com comitês de base em todo país, para tomar em nossas mãos essa luta. Não só nossas aposentadorias estão em jogo, mas até mesmo a possibilidade de "livre demissão em massa".

 
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