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CRISE PRA QUEM?
R$54,6 bi de lucro para os banqueiros, para os trabalhadores crise
Ana Paula

Nesta semana foram divulgados dados referentes aos lucros dos grandes bancos privados, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. Juntos, incluindo o Banco do Brasil, lucraram R$ 54,6 bilhões em 2016. Além das demissões, contam com um governo golpista que está no poder para isentá-los de dívidas bilionárias, e aprovar leis, como a da terceirização.

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Os dados apresentados essa semana semana sobre o lucro líquido dos maiores bancos privados nacionais mostram mais uma vez serviço de quem está o governo golpista de Temer. Conforme noticiamos ontem, Itaú Unibanco teve um lucro líquido de R$ 6,176 bilhões apenas no primeiro trimestre deste ano, o Bradesco R$ 4,65 bilhões, e o Santander R$ 2,28 bilhões. Os três juntos, e incluindo o Banco do Brasil, lucraram R$ 54,6 bilhões no ano de 2016. Tudo isso em meio à enorme crise econômica que enfrenta o país, cuja solução apresentada pelo governo são reformas que retiram os direitos dos trabalhadores como a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, além da Terceirização irrestrita.

Enquanto a receita para os trabalhadores é o remédio amargo das reformas, para os banqueiros o governo garante isenção de bilhões como aconteceu recentemente com o Itaú Unibanco que teve uma dívida de 25 bilhões perdoada em meio à crise econômica, que afeta apenas aos trabalhadores, a juventude e o povo pobre.

Segundo dados do Caged apenas nos primeiros dois meses de 2017, já foram eliminadas 2.535 vagas. Em fevereiro, o saldo nos bancos é de 1.546 postos de trabalho eliminados. As demissões se concentram na faixa etária de 50 a 64 anos, ou seja, empregados com salários altos. E para garantir que o banco siga lucrando bilhões é funcional que sejam demitidos para que a contratação seja feita por salários inferiores, e mesmo assim, não cobrindo a quantidade empregos eliminados, sobrecarregando aqueles que permanecem trabalhando.

Essas são demonstrações de como a fatura da crise criada pelos próprios capitalistas busca apenas o bolso dos trabalhadores, que mesmo em meio a crise os bancos seguem com lucros altíssimos as custas da exploração do trabalho, encontrando no governo golpista de Temer, assim como muitas vezes também recebeu privilégios dos governos petistas, facilidades que os permitam seguir lucrando cada vez mais.

Tão logo, demissões, isenções, e as reformas do governo se configuram na receita encontrada pelos capitalistas para seguirem batendo recordes de arrecadação, precisamos avançar em no enfrentamento a estes. Nos dias 15M e principalmente do último dia 28 de abril, demos uma enorme demonstração de forças com centenas de milhares de trabalhadores que cruzaram os braços, com os piquetes, atos e cortes de ruas e avenidas, que a mídia e o governo tentaram encobrir.

Essa força precisa seguir mobilizada, colocando em pé comitês de base nos locais de trabalho e exigindo das centrais sindicais um encontro nacional com milhares de trabalhadores, para discutir um plano nacional de luta. Que assim organizados, possamos eleger uma constituinte que em primeiro lugar derrote todas reformas de Temer, mas que também estatize os bancos privados, re-estatize as empresas privatizadas de Color a Temer, sob controle dos trabalhadores, revogue imediatamente o pagamento da dívida pública que consome a maior parte da receita do país, e que serve apenas para encher os bolsos dos ricos, mas principalmente que coloque o controle da sociedade nas mãos de quem produz a riqueza, ou seja, os trabalhadores.

 
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