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#28A
Na USP, terceirizados da Odontologia paralisarão dia 28
Redação

Em reunião realizada hoje, 25/04/17, na Faculdade de Odontologia da USP, com a presença do SIEMACO e do SINTUSP, os trabalhadores da limpeza aprovaram se somar a paralisação e às ações que serão realizadas no dia 28/04.

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Em reunião realizada hoje, 25/04/17, na Faculdade de Odontologia da USP, com a presença do SIEMACO (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo) e do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP), os trabalhadores da limpeza aprovaram se somar a paralisação e às ações que serão realizadas no dia 28/04.

A participação dos trabalhadores terceirizados nas ações desse dia é extremamente valiosa. A terceirização do trabalho foi uma prática adotada pelas empresas e órgãos públicos a partir do final da década de 80 e início dos anos 90. A intenção de cada patrão em particular era garantir a possibilidade de retirar os direitos e reduzir os salários dos trabalhadores de categorias que haviam acumulado conquistas importantes nos anos anteriores. A intenção dos administradores de orgãos públicos era garantir, alem disso, a possibilidade de licitar empresas de parentes e laranjas para, assim, desviar dinheiro público superfaturado.

Porém, de fundo, a intenção dos capitalistas e da burguesia de conjunto com a terceirização é impor a divisão entre os próprios trabalhadores, entre efetivos e terceirizados, brancos e negros. Rebaixando o salário e os direitos em primeiro lugar das mulheres, dos negros, nordestinos e imigrantes, para assim, rebaixar o salário e os direitos de toda a classe trabalhadora.

Conversamos com Adriano Favarin, diretor do SINTUSP e trabalhador da Odontologia, ele nos conta que “é visível a vontade de todos os trabalhadores terceirizados em serem parte desse dia histórico da classe trabalhadora brasileira. E no que depender de nós, do SINTUSP, faremos de tudo pra garantir que eles estejam conosco as 5h45 da manhã no dia 28/04 para participar da ação que faremos coletivamente na zona oeste.”

O representante do SINTUSP, também militante do Movimento Nossa Classe, se comprometeu a garantir veículos as 5 horas da manhã para levá-las até a manifestação no portão principal da USP. "Infelizmente, em todo o país, há dezenas de trabalhadores terceirizados com disposição de luta, que desejam aderir à paralisação, mas não encontram nenhum respaldo de suas direções sindicais. Felizmente, aqui, prevaleceu a organização de base das trabalhadoras e a unidade entre efetivos e terceirizados, que são nossas bandeiras históricas"

Adriano Favarin ainda informou que na reunião foi explicado o significado das reformas da previdência e trabalhista e da aprovação da terceirização irrestrita “todas elas entenderam muito bem que esta em jogo não apenas o futuro de cada uma, mas o de nossos filhos e netos, e reconheceram que apenas essa paralisação não vai bastar e será preciso que os sindicatos continuem organizando os trabalhadores em cada local de trabalho com um plano de lutas para seguir adiante”

O representante do SIEMACO reforçou a importância de que os trabalhadores que dependem de ônibus para chegar ao trabalho participem das manifestações que ocorrerão no seu bairro e se comprometeu a impedir que a empresa desconte o dia desses trabalhadores. Os representantes dos sindicatos estarão desde as primeiras horas da madrugada do dia 28/04 junto das trabalhadoras terceirizadas para garantir que nenhuma ameaça ou assédio seja feito contra elas e que elas possam exercer o seu direito de manifestação.

 
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