Em assembleia no dia 08/04, os professores reunidos em assembleia convocada pelo Sinpro-SP deliberaram por aderir à paralisação nacional do dia 28, e desde então o movimento tem se espalhado por centenas de escolas, onde os professores estão se organizando para efetivamente parar suas escolas.
Entre as centenas de escolas que irão aderir à paralisação, há muitos cenários diferentes. Em algumas escolas tradicionais, até mesmo as diretorias não estão se opondo ou estão diretamente apoiando a paralisação:
Escola da Vila
Colégio Madre Cabrini
Em outros casos, emitiram um comunicado resignado aos pais mostrando que foram obrigados a suspender as aulas pela força da mobilização dos professores que decidiram aderir, ou ainda dizem que tentarão manter as aulas mesmo reconhecendo que haverá adesão à greve em suas escolas:
Colégio Santa Cruz
Escola Viva
Frente às inevitáveis ameaças e assédios morais vindos da parte da patronal, querendo impedir o direito de greve dos professores, o Sinpro emitiu o seguinte comunicado:
Em algumas escolas, como o Colégio Equipe, os professores estão organizando uma agenda de aulas públicas antecedendo o ato unificado. Confira:
Debate sobre as mudanças na legislação trabalhista
previsto para 27/04 às 20h30 no Colégio Equipe
Aulas públicas contra as reformas propostas
28/04 no Largo Santa Cecília:
11h – Educação e trabalho
(12h30: lanche coletivo)
14h – Previdência, expectativa de vida e pirâmide populacional
Na Politeia, uma escola com gestão democrática onde os funcionários e alunos decidem em assembleia as questões coletivas, já será a quarta adesão às paralisações nesse ano, sendo a primeira na qual participaram a do greve internacional de mulheres, no 8 de março.
Em outras escolas, a patronal tem intimidado os trabalhadores que estão se organizando para resistir. Recebemos esse relato de uma professora de uma escola de elite sobre como foi organizada a paralisação na sua escola:
3 professoras compareceram à assembleia do sindicato do dia 8 de abril na qual aconteceu a votação da adesão à participação. Antes disso, organizamos junto à direção uma reunião breve no horário de trabalho para iniciar uma discussão sobre as reformas da previdência e lei da terceirização. Como o tempo dessa reunião se acabou sem nem chegarmos próximos de esgotar a discussão, criamos um fórum com os professores e funcionários da escola no facebook para compartilharmos textos, vídeos e opiniões sobre essas reformas. Nesse mesmo fórum criamos uma prévia de adesão à greve que teve muitos votos favoráveis.
Com essa previa, convocamos uma assembleia [na qual compareceram mais de 50 professores] e votamos a adesão à greve. Tivemos representação dos 3 segmentos da escola, mas poucas pessoas do infantil e a maioria do fundamental II.
Até o momento de fechamento dessa matéria, o Sinpro-SP ainda estava atualizando o número exato de escolas que informaram a adesão à paralisação. Acompanhe o Esquerda Diário para maiores informações!
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