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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Temer, desesperado, enquadra a própria base para aprovar reforma da previdência
Marie Castañeda
Estudante de Ciências Sociais na UFRN

O presidente golpista Michel Temer está ameaçando seus ministros de serem obrigados a deixar o cargo como forma de punição se não convencerem seus deputados a votarem a favor da reforma da previdência.

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Isso aconteceu apenas um dia após conseguirem aprovar a urgência da Reforma Trabalhista, o que só aconteceu porque os excelentíssimos, como uma criança que não aceita perder, ignoraram a legislação da Câmara e colocaram em votação dois dias seguidos.

A dificuldade que o planalto vem tendo em aprovar com unanimidade da própria base vai desde o PMDB, que para Temer deve ser o primeiro a dar o exemplo. Os partidos golpistas e os capitalistas estão unificados em fazerem os trabalhadores pagarem pela crise, em especial as mulheres, negras e negros e LGBTs. Mas a impopularidade do atual governo - 9% de aprovação, segundo o Ibope - não fica evidente apenas nas ruas nos dias 15 e 31 de Março e promete fazer os políticos golpistas tremerem neste dia 28, mas também na falta de confiança da própria burguesia que quer seus ataques aprovados.

O primeiro objetivo é aprovar a Reforma da Previdência e Romero Jucá, presidente do PMDB, já se pronunciou sobre a importância de unificar votação para que o governo marque posição. As delações da Lava Jato aprofundam a instabilidade do governo e Temer terá de utilizar os ministros que são deputados, todos citados na Operação Lava Jato.

Na lista dos “traidores”, os partidos considerados infiéis por Temer são PSB, PRB e PPS, embora o próprio PMDB e o PSDB também tenham se mostrado assim. E o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), afirmou que o partido não obrigará ninguém a votar com o governo. Assegurou, porém, que o DEM é favorável à reforma da Previdência. Se anteriormente bastaram jantares luxuosos para comprar os votos favoráveis aos ataques, dessa vez Temer está sentindo a necessidade de apelar para ameaças e "enquadros" em sua própria base.

Mas não há nenhuma confiança nos políticos da ordem, de toda a base aliada golpista, citados em diversas delações, de que nossos direitos não serão atacados. No que depender deles, é apenas uma troca de interesses para decidirem como nos atacarão.

Os esforços do Esquerda Diário e a organização que o impulsiona, o MRT, estão concentrados na construção de uma forte paralisação nacional no dia 28, para que a pressão em Temer se multiplique, mas que seja pelas mãos dos trabalhadores e trabalhadoras nas ruas, junto à juventude. Para isso é necessário uma real construção desde as bases, onde nos locais de estudo e trabalho se realizem assembleias para que o dia 28 seja a continuidade do dia 15 e do dia 31 em construção de uma greve geral que derrube os ataques dos golpistas. Por isso exigimos da CUT e da CTB que convoquem imediatamente a organização de luta real dos trabalhadores e jovens. Enquanto a Operação Lava Jato fortalece Sérgio Moro e Temer tenta juntar sua base para mostrar que é forte o suficiente para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores, precisamos barrar as reformas e fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

 
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