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FMI EM APOIO AOS ATAQUES DE TEMER
Análise do FMI sugere "ambiciosas reformas" para que a população pague pela crise
Barbara Tavares

Segundo relatório do FMI, para o país superar os efeitos da crise é necessária a implementação de "ambiciosas reformas", ou seja, descontar sob os ombros dos trabalhadores os custos da crise, aprofundando o projeto entreguista de Temer e retirando direitos da população. É necessária e urgente a organização de um plano de lutas que permita aos trabalhadores tomar a luta em suas mãos e impor aos capitalistas que eles mesmos paguem pela crise que eles criaram.

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O FMI (Fundo Monetário Internacional), em um novo relatório, manteve a estimativa de crescimento do PIB brasileiro em 0,2% neste ano. Para 2018, a previsão divulgada nesta terça (18) é mais otimista: expansão de 1,7% contra os 1,5% estimados em janeiro. Mas para que o país possa recuperar o crescimento, o FMI afirma a necessidade da implementação de "ambiciosas reformas" que ataquem despesas "insustentáveis", como na seguridade social – que abarca Previdência, saúde e assistência social. Ou seja, a avaliação é que para que o país atenda às estimativas de crescimento econômico, a população tenha que pagar essa conta tendo retirados seus direitos.

"A projeção é de que o crescimento se recupere gradualmente e permaneça moderado. Neste contexto, as perspectivas macroeconômicas do Brasil dependem da implementação de ambiciosas reformas estruturais, econômicas e fiscais", diz a análise do FMI. Ainda segundo este relatório, para que o Brasil possa sustentar a consolidação fiscal em médio prazo, o foco do governo deve ser as reformas sobre "mandatos de despesa insustentáveis, incluindo no sistema de seguridade social". "Também há mérito em empreender ações para conseguir uma redução mais intensa do déficit fiscal", diz o texto.

Segundo o FMI, para que o Brasil consiga elevar o investimento e a produtividade, deverá ter sua população massacrada com "ambiciosas reformas", como a da Previdência, que nos fará trabalhar até morrer, retira dos mais velhos o direito à velhice e retira dos mais jovens o direto ao trabalho, já que os postos de trabalho ficarão ocupados por muito mais tempo pelos trabalhadores de mais idade que tiveram seu direito à aposentadoria postergado; ou a PL da terceirização, que vem para precarizar ainda mais os postos de trabalho e acabar com as leis trabalhistas, já que transfere os direitos trabalhistas da garantia da CLT para a negociação fruto dos acordos coletivos, permitindo a flexibilização dos regimes de trabalho, como por exemplo, as alterações da jornada diária para 12h e a semanal para 48h, e levando ao rebaixamento salarial para todos a médio e longo prazo.

Sabemos que o governo golpista de Temer está bastante disposto a realizar essas reformas, tal qual sugere o FMI, para descontar sobre as costas dos trabalhadores a crise. Temer não esconde seu projeto de subordinação política ao imperialismo estadunidense, colocado às claras com a entrega do Pré-Sal e de aeroportos brasileiros ao capital estrangeiro. A realização dessas "ambiciosas reformas" é parte da política pró-imperialista levada à frente pelo governo golpista, que pretende com isso abrir ainda mais o caminho para que o capital estrangeiro possa espoliar o país e lucrar com a exploração mais aprofundada dos trabalhadores.

Diante desse cenário, somente a classe trabalhadora organizada é capaz de barrar os ataques desse governo golpista e pró-imperialista. Por isso exigimos que as direções das centrais sindicais organizem uma real paralisação nacional no 28A, que se organizem comitês em cada local de trabalho e estudo para debater um plano de luta concreto para tornar real a greve geral dia 28, construída a partir de assembleias e escolha de delegados de base, para que a classe trabalhadora não fique refém dos interesses das direções das centrais sindicais que barram a luta dos trabalhadores e querem canalizar a insatisfação popular e subordinar toda a luta à eleição de Lula 2018. Somente um real plano de lutas pode barrar esses ataques e colocar a classe trabalhadora como sujeita de suas vidas. Que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram!

 
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