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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Temer recua um pouco mais no ataque à previdência. É possível derrotá-lo!
Francisco Marques
Professor da rede estadual de Minas Gerais

Temer dá mais um passo atrás no ataque à previdência e admite rever pontos importantes. A grande impopularidade da Reforma da Previdência somada à paralisação operária do dia 15 de Março e aos escândalos de corrupção impactam na decisão do governo em se manter na ofensiva.

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Foto: Reuters

Temer dá mais um passo atrás no ataque à previdência e admite rever pontos importantes como a regra de transição, a idade mínima, a exclusão de professores da reforma e outros. A grande impopularidade da Reforma da Previdência somada à paralisação operária do dia 15 de Março e aos novos escândalos de corrupção impactam na decisão do governo em se manter na ofensiva. Com uma decidida luta da classe trabalhadora é possível derrotar os golpistas e suas reformas.

Por meio do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) e do presidente da comissão especial, Carlos Mahun (PMDB-MS), Temer tem autorizado seguidos passos atrás no seu plano de destruir a previdência social dos trabalhadores e do povo brasileiro. Primeiro retirou os servidores estaduais e municipais da Reforma. Depois declarou que reveria pontos como o BPC e a aposentadoria rural. Já hoje, após reunião entre ministros do governos e os dois parlamentares que estão à frente do projeto, anunciaram que durante a transição de um modelo de aposentadoria para outro a idade mínima para se aposentar seria de 55 anos para os homens e 50 para as mulheres, além de que vários outros pontos centrais vêm sendo ditos como “negociáveis” por representantes do governo, como a retirada dos professores da reforma, mudança na idade mínima para mulheres, mudanças na aposentadoria rural, etc.

Apesar do cínico otimismo da grande imprensa que mente ou tenta confundir – como a Folha, que estampou em manchete que “nova regra de transição pode beneficiar jovens” – e das propagandas enganosas do governo sobre a medida, a realidade é que esta reforma continua sendo feita para destruir direitos conquistados e fazer os trabalhadores brasileiros morrerem trabalhando.

A boa notícia de verdade é que Temer vacila novamente. E se vacila, é porque teme que a revolta com este ataque o derrube, ou ao menos que rompa sua base de apoio no Congresso Nacional, colocando em cheque esse que é um dos ataques centrais prometidos pelo golpista aos grandes empresários que o ajudaram a chegar à presidência.

Aos trabalhadores não pode restar dúvidas: a entrada em cena desta classe com seus métodos históricos de paralisação da produção no dia 15 de Março é o motivo fundamental da renovada instabilidade do governo golpista. Por isso, com os seguidos recuos do governo devemos cada vez mais passar à ofensiva, pela derrubada completa desta reforma, assim como da lei de terceirização ilimitada aprovada recentemente, a PEC 55 do teto dos gastos e toda a longa lista de ataques já aprovados. É preciso derrubar não só as reformas, mas também este governo.

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Enquanto denunciamos a trégua de 45 dias que a CUT e as centrais sindicais deram ao governo chamando uma paralisação somente para o dia 28 de Abril, devemos construir em cada local de trabalho assembleias democráticas e um dia de paralisação e luta efetivos no dia 28, que expresse a revolta dos trabalhadores com este governo e não os palanques para jogar água no moinho do #Lula2018, como querem a CUT, a CTB e o PT e o PCdoB, que dirigem estas centrais.

A esquerda deve lutar por um programa independente da burocracia sindical e do PT e PCdoB, por uma saída para que os capitalistas paguem pela crise que criaram. Lutar pelo não pagamento da dívida, pela incorporação dos terceirizados às empresas onde trabalham, pela re-estatização de todas empresas privatizadas e que sejam colocadas sob a administração democrática dos trabalhadores, pela redução da jornada sem redução de salário, entre outros pontos, que passam também por impor com a força da mobilização uma Nova Constituinte que possa debater essas e outras demandas sociais, econômicas e políticas do povo brasileiro.

 
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