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ATAQUE À EDUCAÇÃO
Conselho Universitário ilegítimo termina de aprovar PEC do Fim da USP
Redação

Dando prosseguimento à votação feita no dia 7/3 em base à brutal repressão de uma manifestação de trabalhadores, estudantes e professores dentro da universidade, hoje o CO, em meio ao recesso universitário e cercado pela força tática, terminou de aprovar a “PEC do fim da USP”.

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Em meio a um importante ato de trabalhadores paralisados, estudantes e professores, em reuniao marcada pelo reitor da USP, Marco Antonio Zago, durante semana sem aulas na universidade e sem nenhuma antecedência, o Conselho Universitário voltou a pautar os “Parâmetros de Sustentabilidade”, a PEC do fim da USP. O local da reunião ficou cercado por dezenas de viaturas da Força Tática e motos da PM, com o objetivo de intimidar a manifestação.

Veja a seguir a fala de Bruno Gilga, representante dos trabalhadores no CO, que voltou a denunciar a brutal repressão policial do dia 7, e ressaltar como a maioria dos trabalhadores e estudantes agredidos era de mulheres, com cacetadas pelas costas, spray de pimenta depois de cercadas e rendidas, e chutes na cabeça depois de imobilizadas no chão, e que tudo isso aconteceu a mando de Zago – que no início da reunião havia feito se pronunciado a favor de uma política universitária contra a violência às mulheres.

“A votação da reunião do dia 7, em base a essa repressão, não teve qualquer legitimidade e deveria ser anulada, e a continuidade daquela votação nesse novo CO, convocado sem antecedência numa semana de recesso, é igualmente ilegítima. E que esse golpe da reitoria e do CO é a forma de votar uma medida que é totalmente contrária aos interesses de toda a universidade, implicando no congelamento de salários, corte de pelo menos 5 mil trabalhadores, aprofundando a destruição da universidade e seu caráter elitista, racista e privado” declarou Bruno Gilga, que se retirou da reunião no momento em que se iniciariam as votações, e chamou os membros do CO que não reconhecessem a legitimidade desse processo e não concordassem com a repressão e com a aprovação dessa medida a fazer o mesmo, ou pelo menos não participar das votações para não validar esse processo.

Os representantes dos estudantes de graduação e pós-graduação, e os representantes das congregações de faculdades como a Psicologia e a Educação também se retiraram, e chamaram todos os que não aceitassem a enorme violência da PM na manifestação durante o último CO e o autoritarismo da reitoria para aprovar sua proposta a fazer o mesmo.

Outros representantes de congregações deixaram de participar da primeira votação, em protesto no mesmo sentido. Ainda assim, a reunião continuou com quorum de funcionamento, mostrando mais uma vez que esse CO – em que um terço dos membros é diretamente dirigente de fundação privadas ou dono de empresas terceirizadas que atuam na USP - é totalmente comprometido com a reitoria e com seus próprios interesses materiais no desmonte, terceirização e privatização da universidade.

O reitor fez ainda uma defesa da cláusula dos “Parâmetros” que estabelece que os docentes sejam pelo menos 40% do total de servidores, de onde deriva a necessidade de cortar pelo menos 5 mil trabalhadores, em que voltou a dizer que há um excesso de funcionários na universidade, e agora disse que esse excesso está principalmente nos hospitais e na administração central e prefeituras, e que é principalmente aí que devem ser feitos os cortes.

Foi dessa forma que o CO, sem nenhuma legitimidade, terminou de aprovar a PEC do Fim da USP, com essa casta votando de acordo com a reitoria e as comissões do CO para manter todo seu projeto e cada um dos ataques à universidade e aos trabalhadores. É a versão de Zago e Alckmin das “reformas” que Temer e o congresso estão aplicando no país. No dia seguinte os trabalhadores já se reúnem em assembleia geral, que pautará a paralisação nacional do dia 28/4, e deverá preparar a luta combinada contra essa medida da USP e seus efeitos, e contra os ataques nacionais aos trabalhadores de todo o país!

 
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