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LGBTFOBIA
Como os nazistas, Chechênia confina LGBTs em um campo de concentração
André Arruda

Segundo informações divulgadas pelo jornal Metro do Reino Unido, mais de 100 homens gays foram detidos e isolados em um campo de concentração na Chechênia, uma das repúblicas que compõe a Rússia, presidida por Razman Kadyrov (forte aliado de Vladimir Putin).

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Este é o primeiro registro de um campo de concentração para cidadãos LGBT desde Adolf Hitler, e teria o objetivo de forçar a população homossexual a prometer que deixariam a república.

A constante repressão contra a comunidade LGBT teve início a partir de uma proposta de marcha pelos Direitos Gays em Grozny, na capital. Na Rússia, desde 2013, a situação tem piorado devido a revogação de uma série de direitos dos homossexuais empreendida pelo presidente Putin, entre eles uma medida aprovada em junho que multa, assedia e prende qualquer cidadão que fizer "propaganda gay ou pedófila para menores de 18 anos", além de banir ONGs gays, incluindo o grupo LGBT, do território russo. Essa barbárie é fundamentada sob um discurso absurdo do presidente de que há relação entre homossexualidade e pedofilia.

Conforme divulgado pelo próprio grupo LGBT russo, parece que os homossexuais estão sendo assassinados na região, e vários protestos e ativismos tem ocorrido para que não se justifique o sequestro ou a exterminação de seres humanos a partir de tradições nacionalistas ou religiosas. Kadyrov é conhecido por implementar leis muçulmanas no país e, segundo informações e denúncias publicadas no jornal Huffington Post, os homossexuais estariam sendo perseguidos a partir de seus dados nas redes sociais. Por todos os países do mundo, várias manifestações já estão sendo planejadas para o dia 18 de Abril em contraposição aos campos de concentração na Chechênia.

O presidente nega qualquer acusação a respeito destas detenções, alegando que "estas pessoas não existem na nossa república".

Nos solidarizamos com a população LGBT da Chechênia em luta por seus direitos e repudiamos com todas as forças essa escandalosa perseguição aos gays no país. Por mais trágico que seja, é preciso entender que a história insiste em se repetir mesmo depois de sofrer com atrocidades como o que significou a Alemanha Nazista. A continuidade de um sistema que se pauta na opressão e na repressão das minorias, como é o capitalismo, é a garantia de que o ódio torne a se repetir, pois a opressão de setores como os LGBTs é funcional para a manutenção do lucro e de uma sociedade baseada na exploração e na miséria.

 
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