O adiamento das aulas no período de quatro meses na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) é decorrente da falta de dinheiro para o pagamento dos salários dos funcionários e professores, além das bolsas para os alunos. A situação da UERJ reflete como os governos estadual e federal querem resolver a crise econômica vigente: com o sangue e suor da classe trabalhadora e da juventude! Pois, enquanto Pezão dá isenções milionárias para os grandes empresários, como foi no caso da AMBEV, os funcionários e professores da UERJ passam quatro meses sem receber seus salários e os alunos bolsistas também ficam a ver navios. Assim, o estado do RJ serve de espelho para todo o país, já que Pezão toma as atitudes que o governo golpista está tomando para todo o resto do país!
O retorno das aulas, sem um calendário que garanta o pagamento dos salários e bolsas, é reflexo dos problemas de se deixar os rumos da Universidade nas mãos da Reitoria, que cedeu a pressão do Estado, ignorando os servidores e estudantes que não tem como retornar as atividades acadêmicas.
Apesar das condições precárias do retorno das aulas, precisamos nos organizar desde segunda feira para massificar a luta dos três setores (funcionários, professores e estudantes), organizando assembleias e reuniões massivas que some novas forças para a luta em defesa da UERJ. Não podemos aceitar voltar às aulas como se a situação fosse de normalidade. Construamos uma grande força de mobilização capaz de impor o pagamento dos salários e bolsas atrasados! Somente com este movimento, criado nas bases destes três setores, poderemos dar uma resposta à situação da UERJ e podemos ir além! Podemos nos preparar realmente para o chamado de greve geral do dia 28 de abril, ultrapassando as barreiras da Universidade, e servindo de exemplo para outras categorias no RJ e no país.
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