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ENCONTROS PELA GREVE GERAL
Sete motivos para participar do encontro no Rio contra ataques de Temer e pela greve geral!
Redação Rio de Janeiro
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Como parte dos “Encontros | Greve geral já contra reformas, Temer e os capitalistas” que estão sendo organizados em São Paulo, Campinas, Contagem, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Caxias do Sul, nesse sábado vai acontecer às 14h, na Avenida 13 de maio, 13, 8° andar, o encontro no Rio, convocado pelo Esquerda Diário, MRT, Pão e Rosas, Faísca e Nossa Classe. Veja aqui sete motivos para participar!

1- O golpe que colocou Temer no poder veio para dar uma resposta para a crise: a resposta dos capitalistas e seus políticos, ou seja, para que sejam os trabalhadores, a juventude, as mulheres e negros, o povo pobre que pague pela crise, enquanto os lucros milionários dos patrões continuam aumentando. Por isso o governo golpista assumiu com uma agenda de ataques que já vem sendo impiedosamente aplicados, como a PEC 55, que cortou da saúde e educação; a terceirização irrestrita, já sancionada por Temer; a reforma da previdência para trabalharmos até morrer; a reforma trabalhista para acabar ainda mais com nossos direitos; a reforma política para impedir ainda mais a participação dos trabalhadores e da esquerda nas eleições.

No Rio, onde a crise atinge ainda pior e a situação foi muito agravada pelos esquemas de corrupção absurdos, as isenções fiscais e os mega eventos, há ataques ainda mais duros articulados por Pezão, Picciani e Temer. A aprovação da privatização da CEDAE na ALERJ foi um dos mais duros, mas ainda há muitos outros sendo preparados com o pacote hipocritamente batizado como de “ajuda” aos estados.

Só a organização dos trabalhadores, aliados a todos os setores atingidos, pode fazer frente ao rolo compressor dos capitalistas e seus políticos.

Carolina Cacau, ex candidata do MRT pelo PSOL, chama ao encontro no Rio

2- Os trabalhadores já mostraram e têm mostrado cada vez mais disposição de luta para resistir. O 15 de março foi a mais impressionante até agora, com paralisações de setores muito importantes, como o metrô de São Paulo. No Rio, até mesmo setores que dificilmente conseguem paralisar, como professores de escolas particulares, aderiram ao chamado nacional.

Muitos disseram que ainda foi fraco, especialmente no Rio, e que o certo era “parar tudo por quanto tempo for preciso”. E realmente, só com a organização da greve geral podemos frear esses ataques. Se ainda não aconteceu isso, a maior parte da culpa responsabilidade é dos sindicatos e das centrais sindicais, que hoje não estão nas mãos dos trabalhadores, mas de verdadeiros burocratas, gente que não trabalha mas que recebe muito bem e tem grandes privilégios para atuar como um freio nas nossas lutas. No Rio, os cedaeanos deram uma imensa mostra de disposição e lutaram, se enfrentando até com a polícia, para barrar a privatização. Foram os limites colocados pelas direções dos sindicatos e do MUSPE, que atuaram separado do PSOL no parlamento, que aí centrou sua atuação, sem nenhuma estratégias para vencer, que impediram uma luta muito maior.

Nós queremos nesse encontro debater como lutar para colocar os sindicatos e centrais, que são entidades nossas, dos trabalhadores, assim como Freixo e os parlamentares do PSOL com seu peso político, a serviço de construir essa luta e parar de atuar como freio, com a verdadeira trégua que estão dando ao governo.

3- Para obrigar os sindicatos a lutar, a primeira coisa que precisamos fazer é nos organizar em cada local de trabalho para colocar de pé uma grande luta. Organizar um dia 28 que seja um grande combate aos patrões, com assembleias onde possamos discutir e mostrar aos demais setores que vamos parar é fundamental para impor aos sindicatos que se mexam, apesar de não quererem, e estejam na luta. Queremos debater no encontro essa perspectiva.

4- Para discutir isso, vamos contar com a presença de lutadores fundamentais no Rio, exemplos de organização e de combate que tem muito a discutir com o conjunto dos trabalhadores. Estarão presentes garis que organizaram a luta histórica de 2014, em que se organizaram pela base e arrastaram o sindicato, passaram por cima de sua diretoria, da Comlurb e da prefeitura e arrancaram uma grande vitória. Também estarão trabalhadores da CEDAE que estiveram na linha de frente da luta mais recente de grande importância dos trabalhadores cariocas.

5- Também vão estar presentes trabalhadores de outros estados que, em seus locais de trabalho e nas suas regiões, tem participado de lutas importantes com exemplos que devem ser compartilhados e debatidos. Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP, diretor do sindicato e da secretaria de negros e negras vem falar sobre a categoria onde atua, com uma tradição de luta e de democracia operária exemplar. Adailson, rodoviário de Porto Alegre, que foi linha de frente da greve de 2014 também contra a burocracia do sindicato, também estará presente para debater os rumos da luta. E Francielton, metroviário de São Paulo, da manutenção, que vai compartilhar a experiência de ter parado a cidade neste dia.

Pablito chama ao encontro no Rio

Fran chama ao encontro no Rio

Adailson chama ao encontro no Rio

6- Estarão presentes estudantes que têm participado de importantes lutas, como secundaristas que ocuparam suas escolas e universitários em luta contra o fechamento da UERJ e universitários da UFRJ que ano passavam lutavam contra a PEC 55 que congela a verba das universidades federais. Os ataques à educação, além daqueles aos direitos dos trabalhadores, tem sido uma marca da política dos capitalistas frente à crise. No Rio, não apenas esses são muito mais graves, com ameaça de fechamento de universidades como a UERJ, mas também a violência policial que atinge sobretudo a juventude negra das favelas mostra a cada dia sua cara assassina, como no monstruoso assassinato de Maria Eduarda.

Secundaristas chama ao encontro do Rio

Estudantes da UFRJ chamam ao encontro no Rio

7- O encontro está sendo construído pela juventude Faísca, que com uma proposta anticapitalista e revolucionária tem participado de cada uma dessas lutas, seja em defesa da educação, contra a violência racista da polícia e do Estado, e também ombro a ombro com os trabalhadores em seus combates de classe, como contra a privatização da CEDAE. O grupo de mulheres Pão e Rosas, que está presente em diversos países da América Latina, Europa e nos Estados Unidos, lutando contra o machismo e o capitalismo, e que esteve à frente da construção dos atos e da greve internacional de mulheres do dia 8 de março, também estará presente. E o Nossa Classe, agrupação nacional de trabalhadores que reúne lutadores de diferentes regiões e categorias, como Adailson, Fran e Pablito, mas também professores, bancários, operários nas fábricas, carteiros e outras, também faz parte da convocação do encontro. Queremos debater com todos a necessidade de construir essas agrupações, somando forças para uma luta que se enfrente com os ataques numa perspectiva de classe, com uma estratégia para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

 
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