Encabeçado pelas operárias da Têxtil Neuquén, que há mais de dois meses ocupam a fábrica em defesa de seus postos de trabalho, começou a paralisação ativa na província ao sul da Argentina, com um corte completo na estrada 7, em frente à fábrica.
O sindicato dos ceramistas de Neuquén, agrupações sindicais de oposição dos sindicatos ATEN (dos trabalhadores da educação) e ATE (dos servidores públicos), os centros acadêmicos dos estudantes de Belas Artes e Humanidades da Universidade de Neuquén e organizações de esquerda, como o PTS e o PO, fazem parte dessa ação como parte da paralisação nacional convocada pela central sindical CGT.
O corte se manterá até às 10:00 para depois sair em caravana até à ponte suspensa para confluir com os professores da ATEN que já estão em greve há um mês. Desde cedo a polícia se encontra próxima à ponte que une Neuquén a Rio Negro para tentar impedir que o trânsito seja paralisado.
Andrés Blanco, Secretário Adjunto do Sindicato Ceramista, disse que "os operários ceramistas realizaram assembleias nas três fábricas e decidimos parar a produção das gestões operárias [das fábricas que são controladas pelos trabalhadores e funcionam sem patrões NdT] para tomar em nossas mãos a paralisação nacional e participar ativamente das ações, acompanhando as operárias têxteis. Fazemos isso com a perspectiva de colocar os trabalhadores ativamente nas ruas, que é o que o governo quer evitar, porque o que está em disputa nesse momento é quem ganha as ruas."
Raul Godoy, operário da fábrica de cerâmica sob controle operário Zanon e deputado do PTS pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, assinalou que "esta não é uma paralisação da burocracia sindical, mas sim dos trabalhadores, que a tomamos em nossas mãos com manifestações e piquetes em todo o país. O governo está utilizando seu aparato repressivo para intimidar e fazendo uma campanha midiática para aterrorizar os trabalhadores, ameaçando com descontos nos salários, demissões e repressão."
Por su parte, Raúl Godoy, obrero de Zanon y diputado del PTS-Frente de Izquierda señaló que “este no es un paro de la burocracia sino que los trabajadores lo tomamos en nuestras manos, con manifestaciones y piquetes en todo el país. El Gobierno ha desplegado el aparato represivo para intimidar y una campaña mediática para aterrorizar a los trabajadores, amenazando con descuentos, con despidos y con represión".
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