A pesquisa mostrou que, dos 2 mil entrevistados, 26% lembraram do ataque ao direito à aposentadoria, como principal medida econômica do governo golpista. Na última pesquisa, em dezembro de 2016, apenas 2% mencionaram o assunto.

Isso mostra que o nível de politização e descontentamento com as políticas implementadas por Temer só vem aumentando, enquanto que as paralisações e o apoio popular massivo no dia 15 de março mostraram a força e disposição de luta dos trabalhadores. No dia de hoje, 31, estão ocorrendo diversas manifestações pelo país, também contra esse ataque.

Por outro lado, centrais sindicais como CUT e CTB vem cumprindo o papel de frear a luta dos trabalhadores ao chamar uma suposta greve geral comente para o dia 28 de abril, porém sem organizar os trabalhadores em assembleias e comitês de mobilização para traçar um plano de lutas que torne a grande massa de trabalhadores um sujeito político nessa luta e, assim, vencer definitivamente Temer, barrando os ataques.

É necessário que essas direções, que estão mais preocupadas com as eleições de 2018, sejam superadas e a mobilização seja construída ligada às bases, através de comitês nos locais de trabalho e estudo contra a reforma da previdência e a ampliação da terceirização.