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MAIS PREJUÍZO NO FIES
Temer revisará FIES para prejudicar ainda mais estudantes e favorecer empresários da educação
Renato
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O golpista Temer prevê a revisão do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) – criado pelo PT para ocupar vagas ociosas das faculdades privadas– após seu custo chegar a R$ 32,2 bilhões em 2016. O MEC alega que o número crescente de inadimplentes que chegou a 53% no mês de janeiro é causa do rombo do programa colocando a culpa nos estudantes beneficiários do Fies que ainda não quitaram suas dívidas com o governo federal.

O Fies garante que estudantes do ensino superior possam cursar a universidade, bancados pelo governo, desde que esses mesmos alunos devolvam o dinheiro emprestado, em prestações, um ano em meio após o fim do curso de graduação. Desta forma, o primeiro beneficiado antes de tudo são os empresários da educação, já que o programa garante o preenchimento das milhares de vagas “ociosas” nas faculdades particulares país afora.

Não era de se esperar que em meio à crise e o desemprego crescente em todo país, os estudantes universitários não tenham conseguido quitar seus empréstimos. E neste mesmo período, as faculdades particulares seguiram batendo recordes de lucro com a mercantilização do ensino. No entanto, o que mais espanta é o MEC pôr a culpa do déficit do Fies nos próprios estudantes que ao concluírem seus cursos de graduação não tenham conseguido entrar no mercado de trabalho.

Essa retórica sustentada pelo governo federal que coloca nos estudantes a culpa de um suposto rombo orçamentário do Fies é levada à frente com alterações das regras desse programa. As alterações que compreendem mudanças nos prazos de duração dos empréstimos, do período de carência e da contribuição de instituições privadas para o fundo garantidor vão dificultar ainda mais os estudantes universitários de concluírem seus cursos de graduação. Para manter o lucro dos empresários da educação, o governo golpista arrocha estudantes que com muito custo pagam para poder ter acesso ao ensino que deveria ser gratuito.

Na prática, as novas regras além dificultarem ainda mais os estudantes a entrarem numa universidade, faz com que o governo federal transfira o dinheiro público para empresas privadas de educação que compõem grandes monopólios. Já que as universidades que não compõe esses monopólios ao perderem estudantes que já não mais ingressam por meio desse programa, acabam fechando as portas deixando milhares de estudantes na rua.

Por conta disso, defendemos a estatização de todas as universidades privadas e o fim do vestibular, pois apenas assim é que conseguiremos acabar com o caráter elitista da universidade e ampliar democraticamente seu acesso. O acesso ao ensino superior não pode ser, ainda como é nos dias de hoje, um privilégio de poucos, deve ser um direito de todos, principalmente dos mais pobres, do trabalhadores e dos filhos da classe trabalhadora.

 
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