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CRISE NO RJ
Pezão é impedido pela justiça de cortar salários de servidores da UERJ
Redação Rio de Janeiro
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O desembargador Maurício Caldas, por meio de uma decisão judicial, impede que o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão corte 30% dos salários dos servidores e professores da UERJ e estipulou multa de 100 mil por dia caso Pezão incorra no ataque aos servidores da universidade. Maurício Caldas alegou que esta medida tomada pelo governador é indevida, pois a UERJ se encontra com suas atividades acadêmicas em paralisação, por conta da falta de condições mínimas de funcionamento. Neste caso, segundo ele, tal interrupção das atividades não se deve a um impulso voluntário dos funcionários, mas sim de que a universidade não se encontra em condições de ao menos garantir a segurança dos funcionários e professores que ali transitam.

Decerto, aquela universidade não consegue garantir que os funcionários e alunos não corram algum risco, não seria inoportuno lembrar, por exemplo, o caso recente do acidente com o elevador da universidade que deixou um trabalhador ferido. Embora o mote da decisão judicial concorra às condições em que a universidade se encontra para um bom funcionamento, ainda podemos listar uma outra questão que torna a decisão do governador descabida.

Só pode ser uma piada de muito mau gosto do governador Pezão que pretende cortar salários de servidores e professores que não estão sendo pagos, enquanto que ele mesmo vetou a proposta de reduzir timidamente seu próprio salário. Chegando ao cúmulo de ilegalmente ameaçar cortes salariais de servidores e professores com salários atrasados.

Esta decisão da justiça porém não se manifesta sobre as bolsas dos alunos cotistas, de I.C. (iniciação científica) e extensão, bem como os salários de terceirizados e funcionários se encontram também atrasados, sem contar as inúmeras demissões de terceirizados que ocorreram sem que estes recebessem sequer o seguro desemprego ou os salários atrasados.

Pezão alegando déficit orçamentário do Estado do Rio de Janeiro que seu próprio governo criou, não só deixa de pagar funcionários, professores e alunos da UERJ, como também quer privatizar a CEDAE e passar seu pacote de maldades. O projeto do PMDB de Temer prevê que aqui seja um laboratório de ataques aos direitos dos trabalhadores a partir de uma política neoliberal. No entanto, os cedaeanos junto com a juventude mostraram disposição de luta aos ataques de Pezão e o 15M foi uma evidencia de que os trabalhadores tentam resistir aos ataques à nível nacional.

É preciso que os sindicatos e as centrais sindicais cessem sua trégua com Pezão e Temer e coloquem de pé a luta dos servidores do Rio de Janeiro unificada à luta contra a reforma trabalhista e da previdência de Temer, que são inimigos em comum de todos os trabalhadores do setor público e privado. A centrais sindicais, no entanto, convocam paralisação apenas para daqui a um mês claramente mostrando sua indisposição para lutar, enquanto que no Rio reina a paralisia dos sindicatos que são ligados ligados ao MUSPE. Precisamos nos mobilizar em comitês de base para impor greve geral já!

 
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