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VIOLÊNCIA NA USP
A voz das Mulheres sobre a violência do dia 7 de março na USP: Dini, Trabalhadora do CESEB
Redação

Relado de Dinizete Xavier, trabalhadora do Centro de Saúde Escola - Butantã sobre a violência policial sofrida em 7/3 durante manifestação pacífica na USP.

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Em 07 de Março de 2017 estávamos funcionários, professores e estudantes manifestando contra o pacote que Reitor Zago aprovaria no CO que leva a demissão de até 6000 funcionários e sucateamento da USP, quando em nosso meio caiu uma bomba de efeito moral, as pessoas correram e eu quase cai nesse momento. Me segurei na grade para me sustentar em pé e de repente veio correndo contra mim um PM que fica na USP e já havia prometido me pegar quando na fase da colocação das grades do sindicato. Corri muito apesar de estar com hérnia de disco. Pois pensei, se ele me pegar correrei o risco de ficar paraplégica. Na correria veio outra bomba talvez lacrimogênea. Passei mal e fui me afastando, quase não conseguindo mais correr. Enfim, meus sintomas pareciam se tratar de um infarto. Tinha um carro da Guarda Universitária que percebeu, mas não se importou. E pensei, vou me afastar mais para respirar melhor mas acho que hoje morro. Fiquei mais afastada e sentei no chão pois pelo mal estar não conseguia andar.

Resumindo após muito tempo minha colega encontrou comigo e me ajudou ir para o sindicato. Mas isso não foi nada perto do que passaram meus e minhas companheiras sendo espancados covardemente pela Polícia a mando de Zago. O que fizeram com a estudante Mariana, com a companheira Diana e com minha grande camarada Nani é incontornável.

Não dá pra deixar passar os abusos da PM que espanca uma mulher simplesmente porque estava filmando e foi rendida jogada no chão arrastada como se fosse um saco de batatas. Também não dá pra deixar passar os abusos do Reitor que lá dentro dizia que lá fora tinham bandidos! Também não posso deixar passar em branco o fato do estudante Franciel ferido pela PM ser conduzido ao RX pelos próprios algozes e ainda os algozes não deixarem sua esposa o acompanhar. Quem manda no HU? Seria a PM?

Eu espero que todos nossos depoimentos cheguem até o ministério público e sejam apurados e seja feita justiça por todas nós que em véspera do dia Internacional das mulheres fomos subjugadas e espancadas de todas as formas, isso por prestarmos serviços em uma Universidade cujo REITOR funciona com métodos fascistas e não dialoga com a comunidade! Apenas tratora com políticas de destruição e privatização da Universidade!

Dini, trabalhadora do Centro de Saúde-Escola Butantã

 
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