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FORA MORDAÇA
Ato pelo FICA ZÉ ocorre em meio a paralisação nacional em Porto Alegre
Guilherme Costa

O ato reuniu dezenas de professores, estudantes, ativistas e comunidade escolar para denunciar o absurdo que a direção da E.E. Ditador Costa e Silva fez recentemente contra um de seus professores.

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O professor de história José Luis Morais foi afastado pela direção da escola por organizar um projeto pedagógico que resgatava a memória do país, problematizando o período da ditadura civil-militar. Há anos, na verdade, o professor junto a tantos outros integrantes da comunidade escolar denunciam o absurdo que é a cidade conservar uma escola com o nome de um ditador. Este movimento existe há anos e vem ganhando força. No ano passado, inclusive, os alunos que ocuparam a escola chegaram a renomeá-la de Edson Luis, em alusão ao estudante secundarista morto pelas mãos da ditadura militar brasileira.

O ato reuniu muitas pessoas solidárias a causa. Professores da escola e de outros lugares, professores da UFRGS, estudantes da escola e universitários, etc. Muito se falou sobre como o afastamento do Zé cria um precedente para práticas semelhantes serem aplicadas em outras escolas. Trata-se de uma execução, na prática, da lei da escola sem partido, onde professores não podem proporcionar o seu ponto de vista dentro de sala de aula, limitando o pensamento, proibindo certas ideias de serem debatidas na escola e promovendo um ensino de pensamento único.

Histórias de perseguição e censura foram relembradas no ato por professores que viveram na época da ditadura. Muito se falou também sobre a importância deste ato pela campanha do FICA ZÉ ter ocorrido em meio ao 15 de Março, dia de paralisação nacional contra a reforma da previdência. Ao final das contas, boa parte dos inimigos são os mesmos.

A decisão da direção remete à Lei da Mordaça, da época da ditadura militar, onde professores, jornalistas, artistas e outros profissionais eram censurados pelo simples fato de se oporem ao regime. Agora, passados mais de 30 anos do fim deste período, persistem práticas autoritárias nas escolas, com a conivência da secretaria de educação.

Ao término deste importante ato, boa parte dos presentes se dirigiram à Praça da Matriz onde haverá uma concentração de professores que iniciam hoje sua greve.

 
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