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CHAPA DILMA-TEMER
Em "confissão", ministros do TSE defendem a permanência de Temer
Ana Paula

Com as delações da Odebrecht abre-se a possibilidade de cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2014. Segundo o Estadão, cinco ministros do TSE disseram que pretendem manter Temer no poder em nome da "estabilidade" política do país.

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O jornal Estadão que é parte da mídia que não só apoiou o golpe institucional, por tratar-se de um golpe nos trabalhadores, como vem tecendo elogios a Temer, exatamente pelo nível de ataque que seu governo quer desferir no conjunto da classe trabalhadora com as reformas trabalhista e previdenciária.

O mesmo jornal alega ter ouvido "confissões" de cinco dos sete ministros do TSE que estarão encarregados de julgar o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer, após relatório de Herman Benjamin, ainda sem data para apresentação, mas que avaliam que disporá do pedido de cassação. Segundo o jornal, os ministros analisam que o país já enfrentou uma enorme instabilidade com o impeachment de Dilma, tão logo, em nome da "estabilidade" econômica do país, pretendem manter Temer no poder. O relato do jornal coloca que um dos ministros afirmou, sobre Temer, que ele “pode até ter pecado, mas a gente vai produzir um prejuízo maior?”.

Na conversa ministros ainda apontaram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a “lista de Janot”, com pedidos de abertura de inquéritos com base nas delações da Odebrecht, e que estas podem acrescentar mais instabilidade política, que colocaria em xeque o governo Temer. Contudo apresentaram alguns cenários possíveis, como a perda do mandato e manutenção da elegibilidade, podendo o mesmo se eleger por eleição indireta. Assim como veem também, que fica mais difícil fazer a separação entre as condutas de Dilma e Temer, uma vez que a compra de apoio de partidos para integrar a coligação encabeçada pelo PT, o que aumentou o tempo de TV da chapa nas eleições, "contamina" a campanha como um todo, e após 2015 passou a ser considerada pelo TSE uma forma de abuso de poder econômico.

As especulações feitas pelo referido jornal, dando voz aos ministros do TSE anonimamente, cumprem o objetivo de defender o governo que está tratando de atacar ferozmente os direitos dos trabalhadores, com mais rapidez do que fazia o PT em seu governo de alianças com a direita em nome da governabilidade. Ainda que sejam verdadeiras as supostas confissões dos ministros, elas apontam também para o mesmo lado: garantir o mínimo de estabilidade política para conseguir passar ataques brutais como a Reforma da Previdência.

Por isso é fundamental uma saída independente dos trabalhadores, sem confiança no judiciário, que vimos estar ao lado dos ricos e poderosos, legislando até mesmo contra o direito legítimo de greve dos trabalhadores. Frente aos imensos ataques, é necessários também uma imensa luta, e para isso é urgente que as centrais sindicais se coloquem imediatamente a organizar na base um plano de lutas efetivo, com assembleias de base em cada categoria, abrindo mão da trégua ao governo golpista, por uma grande luta em defesa dos direitos históricos da classe trabalhadora.

 
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