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JUSTIÇA ESCAVOCRATA
Ministro do trabalho quer legalizar trabalho escravo no país por baixo dos panos
Isabel Inês
São Paulo

Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, após três sentenças judiciais que determinavam o fim do sigilo das empresas que mantém trabalho escravo, conseguiu impedir a divulgação do cadastro dos empregadores que mantém escravos, chamado “lista suja”. A justiça defende assim a impunidade dos patrões e a permanência do trabalho escravo no Brasil, cinicamente por “baixo dos panos”.

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Na tarde de terça-feira, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, conseguiu derrubar o anúncio da "lista suja" de empregadores de mão de obra escrava. Depois de três sentenças judiciais que determinavam o fim do sigilo do cadastro, a divulgação dos nomes flagrados nas operações de combate ao trabalho forçado. Porém, o ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), aceitou pedido de suspensão apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A justiça que não tem nada de imparcial, aliou medidas para manter os lucros das empresas em cima da escravização da mão de obra, um fato escandaloso. Ano passado foi divulgado dadosque comprovam trabalho escravo em empresas como a Vale S.A, chegando a mais de 300 trabalhadores, lojas de roupa como a Handbook Store Confecções, além de dezenas de fazendas e empresas de construção civil. Sabendo que a escravidão aumentou no país, de 155,6 mil em 2014 para 161,1 em 2015.

Isso trata-se apenas dos dados oficiais, sabendo que existem muitos mais trabalhadores escravizados que nem são divulgados, em São Paulo principalmente a industria têxtil usa desse regime desumano, escravizando principalmente mulheres e crianças bolivianas e imigrantes.

Esse fato assustador é parte da política do governo Temer que esta armando uma ofensiva contra os trabalhadores, além da PEC 55, agora deve realizar a reforma trabalhista e da previdência, e abrindo um leque de medidas reacionários e de ódio aos trabalhadores por parte da justiça e dos membros do governo.

Hoje o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia disse contra as leis trabalhistas, cinicamente afirmou que a proposta de reforma trabalhista enviada por Temer ao Congresso é "tímida" e deve ser aprofundada pelos parlamentares. Na pratica o que Maia quer acabar com a história de luta dos trabalhadores e dos negros no país e importe que o trabalhador não tenha nenhum direito e apenas viva para gerar lucros para empresários e capitalistas, que junto dos políticos gozam de todas as riquezas e luxos.

Assim o governo tenta impor uma derrota a classe trabalhadora tentando retroceder em seus direitos conquistados por anos de lutas, e por outra via também abre uma situação mais propensa a medidas reacionárias como do ministro do TST, que quer permitir o trabalho escravo no Brasil.

A resposta a essa realidade será através da luta de classes, o governo quer desmoralizar os trabalhadores com o desemprego, a retirada de direitos e sendo conivente com trabalho escravo, e as centrais sindicais patronais ou colaboram com essas medidas diretamente, por um lado, ou por outro a trégua e passividade imposta pelas centrais petistas permitem que essas medidas passem sem luta. Acabar com a trégua e organizar os trabalhadores é fundamental para barrar os ataques.

 
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