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GREVE DE PROFESSORES
Professores do RS votam greve por tempo indeterminado a partir de 15/03
Redação Rio Grande do Sul

Foram cerca de mil professores de todo estado para o ginásio do Gigantinho, na capital. Debateram os ataques implementados por Sartori e Temer, decidindo por somarem-se a greve nacional chamada pela CNTE a partir de 15/03.

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O projeto dos governos, nacional e estadual, para a educação pública são destrutivos, atacando diretamente os trabalhadores da educação e afetando toda a comunidade escolar.

A data indicada coincide com o dia de luta contra a reforma da previdência, que afetará o conjunto da classe trabalhadora, aumentando brutalmente os anos de contribuição para poder se aposentar. É de grande importância a construção desta greve, numa categoria com tradição forte de luta e que vem sofrendo sérios ataques dos governos que vem numa ofensiva de desmonte da educação pública.

Ainda foi debatido durante a assembléia a possibilidade de greve a partir de hoje, entretanto, o conjunto dos professores presentes decidiu por construir a greve, somando-se ao chamado feito pela CNTE.

As pautas aprovadas pelo Conselho Geral (órgão deliberativo da categoria) levadas a assembléia foram aprovados, que são:

1. Aderir a Greve Nacional, chamada pela CNTE, a partir do dia 15 de março, com os seguintes eixos: Contra a Reforma da Previdência, Contra a Reforma Trabalhista, Contra a Reforma do Ensino Médio, Pelo Cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional, Contra os Ataques do Governo Sartori e a Retirada de Direitos, Pelo Pagamento Integral do 13º Salário, Contra o Parcelamento e Arrocho Salarial, Pela Manutenção do IPE Público e de Qualidade e Pela Manutenção dos Direitos dos/as Trabalhadores/as;

2. Realizar Ato Estadual / Regional com ações fortes, no dia 15 de março;

3. Realizar atividades regionais:

3.1. Escrachos e acampamentos em frente as residências dos/as deputados/as;

3.2. Fazer cartazes com os rostos dos/as deputados/as que apoiam as políticas de Temer e Sartori para retirar os direitos dos/as trabalhadores/as;

3.3. Realizar panfleteação na comunidade;

3.4. Realizar plenárias nas Escolas com a presença da comunidade;

3.5. Realizar vigília e paralisações nos dias de votação do pacote de ataques do Governo Sartori.

4. Participar dos Comitês Municipais contra a Reforma da Previdência Social;

4.1. Criar Comitês de Base, nas escolas, Contra as Reformas que Retiram Direitos.

5. Gravar pen-drives com as opiniões dos/as deputados/as de cada região sobre a Reforma da Previdência;

6. Realizar Seminário sobre a Reforma do Ensino Médio;

7. Realizar Moção de Repúdio Contra a Reforma da Previdência, nas Câmaras de Vereadores;

8. Realizar Ato Estadual, no dia 15/03 pela manhã, em frente a Escola de Ensino Médio Presidente Costa e Silva (Bairro Medianeira), como símbolo da perseguição que está ocorrendo nas escolas de todo o Estado;

9. Unificar a luta com os demais sindicatos de trabalhadores/as e demais movimentos, criando comitês municipais e nos bairros contra as reformas neoliberais e demais ataques dos governos federal e estadual;

10. Realizar Moção de Repúdio à Direção da Escola de Ensino Médio Presidente Costa e Silva e à 1ª CRE por perseguir o educador José Morais pelo fato de alterar o nome da escola ,no cabeçalho das avaliações aplicadas em suas turmas, definindo Costa e Silva como Ditador.

Ponto 10 com adendo de lutar pela reintegração do professor afastado.

Sendo um dos maiores sindicatos da América Latina, onde a poucos anos teve assembleias que lotavam o Gigantinho, é de espantar o esvaziamento de uma assembléia em um momento crucial não só para a categoria, mas para toda a classe trabalhadora. Respondendo a isso, o professor Diego Nunes, do I.E.E. Cristovão de Mendoza e militante do MRT, diz:

"Estou aqui na assembleia do CPERS e estou apavorado com a atuação da burocracia sindical que mais uma vez é a grande responsável pelo esvaziamento das assembleias, desde 2015. A burocracia que manobrou uma votação contra o fundo de greve, alegando que não é papel do sindicato organizar um plano para que os professores não fiquem sem salário em caso de corte de ponto. Então, manobram totalmente a pauta do fundo de greve. Diante de todos os brutais ataques que viemos sofrendo do governo Sartori, parcelamento de salário durante todo o ano, parcelamento do 13º, criando um caos mental em muitos professores, levando muitos a não querer mais entrar em sala de aula, a burocracia sindical continua atuando da mesma forma afastada da base, mesmo diante de todos estes ataques. Acabou de ser aprovada a greve a partir do dia 15/03 junto com o movimento nacional da CNTE, a nível nacional temos a já aprovada reforma do ensino médio, um golpe contra os trabalhadores da educação e toda comunidade escolar. Junto disso, o principal ataque do governo golpista de Temer é aprovar a reforma da previdência, atacando o conjunto da classe trabalhadora. Pela primeira vez teremos as grandes centrais sindicais chamando uma greve geral nacional por tempo indeterminado. Ainda assim, é preciso mobilizar pela base, coisa que a direção sindical do CPERS se nega, decidindo tudo numa cúpula fechada, a portas fechadas, com os dirigentes sindicais."

 
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