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MÍDIA GOLPISTA
O Jornal Estadão elogia Temer pelos profundos ataques aos trabalhadores
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG

O Jornal O Estado de São Paulo, em seu editorial dessa segunda-feira, intitulado “O grande temor da oposição”, reafirma a posição de defesa incondicional do golpe institucional que aconteceu ano passado, para justificar a necessidade de que Temer se mantenha firme no cargo aplicando assim duros ajustes contra a classe trabalhadora e toda população brasileira.

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Em primeiro lugar, ao contrário do que a grande mídia tenta fazer, nem todos aqueles que se colocaram contra o golpe institucional eram favoráveis ao governo petista. Uma grande parte dos trabalhadores e da juventude que mostraram sua disposição de lutar contra essa medida reacionária, fazia isso porque sabia que a intenção da burguesia ao consolidar esse golpe era atacar duramente os trabalhadores, de forma muito mais rápida do que o PT já vinha fazendo. Por uma política consciente das direções petistas – que preferiram os acordões nas alturas, do que organizar a resistência pela base – os grandes batalhões da classe operária e da juventude não entraram em cena para barrar o golpe. Afinal, esse partido temia mais a força da classe operária em movimento do que a direita reacionária, que durante todo mandato petista se fortaleceu, sendo parte do governo, enquanto esse aplicava os ajustes e mantinha a paralisia por meio do controle burocrático das grandes entidades de massas da classe operária e da juventude, como a CUT, CTB e UNE.

A consolidação do governo Temer – pelo menos até o momento – é consequência direta de um acordo entre a burguesia para a aplicação dos ataques aos trabalhadores e da política de oposição responsável que o PT vem levando. O Estadão comemora a disposição de Temer em aplicar os ajustes sem se importar com sua popularidade, porque isso é parte fundamental dos objetivos do golpe institucional. A necessidade de implementar medidas como a tentativa de aprovar a toque de caixa, às vésperas do 8 de março, uma proposta de ampliação da terceirização, ou com a reforma da previdência, a reforma trabalhista e o teto nos gastos públicos por 20 anos, vem principalmente da necessidade de que sejam os trabalhadores, os jovens, as mulheres, as LGBTs e os negros, aqueles que paguem os custos da crise capitalista.

Para que isso se mantenha precisa que o PT continue cumprindo seu papel de sufocar todos aqueles que querem lutar contra os ajustes sem se adaptar a estratégia conciliação de classes. Colocam como se o PT e seus apoiadores fossem os únicos a fazer oposição ao governo golpista de Temer, porque querem esconder a disposição de resistência – expressa pelos trabalhadores da CEDAE no Rio de Janeiro, pelos servidores de Florianópolis, e pela juventude mais de mil escolas e universidades esse ano. Na verdade toda política expressa pelo Estadão, prepara o terreno para para tentar transformar qualquer resistência contra os ajustes e a política do governo golpista de Temer, como se tudo fosse parte da política petista. Algo muito conivente para os interesses da burguesia quando se sabe que nos próximos dias está marcado mobilizações que podem expressar a vontade de um setor, independente do PT em se organizar para lutar e resistir. Como a mobilização de mulheres, que vem sendo construída no Brasil, como parte ao chamado de paralisação internacional no 8 de março, a paralisação dos professores do estado de São Paulo, nesse mesmo dia, e o chamado de paralisação nacional no dia 15 desse mês.

Nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, impulsionamos o portal Esquerda Diário como uma alternativa dos trabalhadores e da juventude a grande mídia golpista, batalhando pela construção de uma ferramenta que esteja a serviço da nossa luta contra esse sistema capitalista, os patrões e toda forma de exploração e opressão. Acreditamos que é fundamental unificar os grandes batalhões da classe trabalhadora e da juventude para barrar os ataques de Temer e da burguesia, e para isso é fundamental que as grandes centrais sindicais, hoje subordinadas a política e a paralisia petista, rompam com esse projeto e passem a organizar em cada local de estudo e trabalho uma verdadeira resistência, a começar por uma forte paralisação nesse 8 de março, unificando as demandas das mulheres e a defesa da educação pelas professores de SP. Como parte da preparação de um grande dia de luta nesse dia 15. Como parte desse processo nós batalharemos por uma política anticapitalista e revolucionária que possa efetivamente responder aos anceios das milhares de mulheres, trabalhadores e jovens que sofrem com os ajustes do governo golpista de Temer e com a crise capitalista.

 
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