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VIOLÊNCIA POLICIAL
RJ: 20% dos homicídios foram cometidos por polícias, principal vítima é o jovem negro
Redação Rio de Janeiro
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20% dos homicídios ocorridos no estado do Rio de Janeiro em 2016 foram cometidos por policiais em serviço, segundo o relatório que é feito anualmente pela Anistia Internacional. Os dados da Anistia colocam o Brasil no primeiro lugar em homicídios no mundo em uma lista com 159 países. São 60 mil por ano, e destes, 5 mil ocorrem no estado do Rio de Janeiro.

Dentre os que mais matam esta a própria polícia em serviço, demonstrando cabalmente que o aparato repressivo do estado significa exatamente o oposto de segurança, servindo diretamente para engrossar o caldo do recorde mundial em assassinatos.

O relatório aponta uma curva crescente para o Rio, com 920 homicídios por ação policial em 2016, um aumento de 42% a mais que em 2015. O pico de mortes causadas por ação policial ocorreu entre abril e junho, registrando um aumento de homicídios de 103% em relação a este mesmo período em 2015. Até agora é o maior indicador desde o recorde de assassinatos da polícia carioca e fluminense, ocorrido em 2007 quando ficou registrado oficialmente que esta polícia cometeu mais de 1.330 homicídios.

Segundo a assessora de Direitos Humanos da Anistia, Renata Neder: “ "A principal vítima do homicídio é o jovem negro do sexo masculino. 70% dos homicídios são cometidos por arma de fogo, a maioria não é investigada". Neder também apontou que o aumento com policiamento durante Copa e Olimpíadas foi um dos motivos para aumentar o número de homicídios.

A violência policial que viemos denunciando no Esquerda Diário, como a invasão de casas de moradores, até o assassinato de crianças como Fernanda, de 7 anos moradora da Maré, execuções da polícia que se dá o poder de assassinar, sumir com corpos sem sequer passar pelo Juiz como foi no Morro do Chapadão há menos de duas semanas, são retratos da guerra cotidiana infligida aos pobres, negros e moradores das favelas.

A guerra às drogas, responsável por todas estas mortes e pelo Brasil ter a quarta maior população carcerária no mundo é um principais motivos por este quadro, aonde o narcotráfico é um grande negócio capitalista dependente de alianças com o alto escalão do estado para existir, lucrando com esta proibição, lavando o dinheiro em bancos estrangeiros e jogando com a vida dos moradores de favela que ficam no fogo cruzado entre a polícia e a ocupação militar de facções criminosas.

Por outro lado, a verdadeira cara assassina da polícia também está à serviço da pacificação social através do terror, quando a crise capitalista ataca os mais pobres com o desemprego, a falta de acesso aos serviços básicos, quando a própria sobrevivência cotidiana de milhões ameaçada em nome da manutenção do lucro.

A repressão cotidiana nos morros, nas favelas, na porta das fábricas e nas manifestações dos trabalhadores está a serviço de manter esta ordem social injusta em que um punhado capitalistas vive do suor do trabalho de milhões. Paralelo com sua atuação nos morros, vimos por exemplo como atua ao lado dos governantes cercando a ALERJ para aprovar a privatização da CEDAE assim como em muitas outras situações que poderiam ser citadas aqui.

 
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