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METROVIÁRIOS
Metroviários de SP adiam paralisação pela PR e discutem o 8 de março
Redação

Metroviários de SP adiam paralisação frente ao ataque da empresa contra o acordo coletivo e discutem adesão à paralisação internacional no dia 8 de março, Dia das Mulheres.

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Na noite de ontem, quarta-feira 22, os metroviários se reuniram em assembleia para discutir o ataque deferido pela empresa e governo Alckmin contra o rompimento do acordo coletivo com a categoria, assim como a mobilização discutida para o dia internacional das mulheres, 8 de março. No mês de fevereiro estava previsto no acordo coletivo que a empresa pagaria a gratificação de Participação de Rendimentos (PR) aos funcionários, acordo este rompido no último mês.

Em negociação da empresa com o Sindicato ontem pela manhã no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a empresa propôs pagar metade da PR à grande parte seus funcionários enquanto seguia garantindo a PR dos funcionários do "alto escalão" da Companhia, como chefes, gerentes e cargos comissionados.

O Metrô de SP, a mando do governo tucano do PSDB, é vítima do sucateamento dos transportes na cidade, e o governo assim o faz para querer fazer a população aceitar a privatização que tanto deseja, fazendo com que cotidianamente a população pague caro pelos péssimos serviços prestados, para que sigam lucrando nas costas dos trabalhadores e juventude e enchendo seus bolsos com licitações bilionárias sujas de corrupção. Por dentro do plano federal do golpista Temer, Alckmin quer fazer com o Metrô o mesmo que Pezão fez com a rede de saneamento básico do RJ, a CEDAE: vender os serviços básicos e essenciais da população aos grandes empresários capitalistas em detrimento de sua qualidade. Também os metroviários prestaram sua solidariedade aos trabalhadores do CEDAE em luta no RJ. Veja fala de Francielton, oficial de manutenção do PAT, em defesa da CEDAE.

A proposta indecente feita pelo governo aos metroviários não foi aceita em assembleia. O acordo coletivo previa o pagamento de 1 folha de pagamento inteira, pago em 2 vezes (28/02 e 31/03). A empresa ofereceu metade de uma folha de pagamento, sendo o valor aproximado de R$2.610,00, pago em 2 vezes (15/03 e 15/04). Ainda a tarde, antes da assembleia, sentindo o rechaço da categoria, o metrô recuou, mas mesmo assim apresentou uma proposta que quebra o acordo coletivo, pagando metade do valor só em setembro, e aumentando Ainda assim o valor da PR da chefia e direção da empresa. A categoria recusou está nova proposta do Metrô de parcelamento e condições para pagamento, mas os metroviários se mantém em estado de greve, convocando uma nova assembleia para 06/03 para discutir a possibilidade de decretar greve no dia 07/03 por tempo indeterminado. Também foi deliberado a retirada de uniforme no dia 06/03, assim como a utilização de adesivo na semana do dia Internacional de Luta das mulheres 8 de março. A categoria também aprovou indicativo de paralisação de 24h no dia 15/03, convocada pelas centrais sindicais contra as reformas da previdência e trabalhista, e irão debater este ponto na próxima assembleia da categoria.

A luta das mulheres e a luta dos metroviários

Frente ao acordo estabelecido em assembleia de adiamento da mobilização para a semana do dia 6 de março, diversas falas da assembleia discutiram a possibilidade de unificar com a mobilização que está sendo chamada internacionalmente pelas mulheres contra a violência. No próximo dia internacional das mulheres, 8 de março, está sendo convocada uma paralisação internacional em diversos países.

A CTB, Central Sindical que tem partidos a frente que votam em golpistas (como o PCdoB, que dirige parte do Sindicato), não quiser travar uma mobilização real para o dia 8 das mulheres, e por isso apresentaram "problemas organizativos" ao dizer que uma luta atrapalha a outra. Guarnieri, operador de trem da Linha 1 Azul, e Daphnae, metroviária da estação Sé e cipista, discordaram do argumento apresentado, e defenderam que incorporar a pauta das mulheres numa paralisação seria algo valioso para luta dos metroviários, que sem dúvida fortaleceria a luta das mulheres, e não atrapalharia, como disse a CTB, que afirmou que "não da para fazer greve no dia 8 de março pois greve neste dia significa desconstruir a luta das mulheres nacionalmente". A questão que Felipe e Daphnae também defenderam é que não adiantaria na assembleia votar um indicativo de greve para o dia 8 de março caso fosse somente um "apoio formal" sem incorporar realmente a pauta das mulheres às demandas dos metroviários, como outros setores defenderam. Veja abaixo intervenção de Daphnae.

Daphnae e Guarnieri propuseram para integrar as lutas das mulheres nessa semana de março que o debate fundamental em relação ao plano de luta da categoria era não somente debater as datas, mas sim realizar setoriais nas áreas, retirada de uniforme e a utilização de um colete roxo contra o assédio e violência às mulheres. Essa última proposta a executiva do sindicato foi contrária, mas apesar disso a proposta teve uma importante votação com mais de 1/3 da assembleia, majoritariamente masculina, votando a favor da proposta de utilização do colete roxo, o que demonstra uma importante disposição da categoria de se somar à luta contra a violência das mulheres, os assédios sexuais nos transportes, à Reforma da Previdência que ataca principalmente as mulheres, e ser parte da luta contra a violência internacionalmente. Veja abaixo intervenção de Guarnieri, operador de trem da Linha 1 Azul.

 
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