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GREVE
Ninguém para a greve dos servidores em Florianópolis
Leonardo Cechin

Reunidos mais uma vez em assembleia, os trabalhadores do serviço público municipal da capital catarinense aprovaram mais uma vez a continuidade da greve que já dura 35 dias, por tempo indeterminado.

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O prefeito Gean Loureiro (PMDB) passou as últimas semanas em situação de desespero, tentando todos os artifícios possíveis para deslegitimar e criminalizar na justiça a greve histórica dos servidores de Florianópolis, mas apesar do apoio da mídia e do Judiciário não está tendo muito sucesso, devido à massiva resistência dos trabalhadores, que não apontam sinal algum de encerrar o movimento.

O sindicato da categoria, o SINTRASEM, dirigido pela corrente do PSOL (ex-PT) Esquerda Marxista, já havia proposto diversas vezes o encerramento da greve, quando a promotora de justiça Vera Copetti havia determinado que a mobilização era ilegal e em consequência disso o sindicato arcaria com multa diária de R$ 30.000, mas os trabalhadores recusaram essa proposta e votaram pela continuidade. Agora a direção de forma oportunista grita aos quatro ventos que a greve só termina com a revogação do pacote de maldades. Ao mesmo tempo em que deixou de lado a Companhia de Melhoramentos da Capital (COMCAP), importante setor do funcionalismo público que seria vital para parar de vez a cidade, que sem acompanhamento algum do Comando de Greve, votou contra aderir à greve em assembleia realizada na última semana. A corrente dirigente fez uma campanha de solidariedade contra a medida autoritária de intervenção da justiça na direção do sindicato, reunindo declarações de apoio de algumas organizações irmãs, dizendo que "a luta é uma só", e alguns outros palavreados internacionalistas, mas nem sequer pressionou a CUT - central à qual o SINTRASEM é filiado - à unificar as lutas que estão acontecendo pelo país inteiro isoladas umas das outras, como a dos servidores do Rio de Janeiro em greve contra a privatização da CEDAE.

Apesar das arbitrariedades de Gean Loureiro e do Judiciário, somadas à política derrotista da direção do sindicato, a unidade e adesão quase que total da base da categoria está fazendo com que os trabalhadores atropelem qualquer iniciativa de encerrar o movimento histórico. O que precisa com urgência passar a fazer parte da pauta da mobilização, é a unificação das lutas nacionalmente, passando pela CUT e demais centrais romperem com o imobilismo e organizarem uma verdadeira greve geral que pare o país e possa fazer os planos de austeridade dos governos retrocederem, como a privatização da CEDAE que foi aprovada em votação na manhã desta segunda (20) na ALERJ, impondo um imenso ataque à vida dos trabalhadores da Companhia e toda a população da cidade, que agora tem uma necessidade básica que é a água, sob controle dos empresários.

A tentativa do SINTRASEM em negociar modificações no pacote de maldades com Gean Loureiro só pode levar o movimento à derrota. É preciso ir a fundo no problema, exigir a retirada das medidas que atacam os trabalhadores e que se cobre a dívida bilionária que os sonegadores de impostos têm com a prefeitura, capaz de pagar todos os salários e garantir os direitos. Também acabando com os privilégios dos políticos, já que a Câmara de Vereadores de Florianópolis é a terceira mais cara do Brasil, comprando carros de R$ 77 mil e gastando R$ 55 mil em troféus fazendo com que todos eles ganhem o mesmo salário que uma professora da rede pública e tenham seus mandatos revogáveis a qualquer momento.

 
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