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REPRESSÃO POLICIAL
GCM de São Bernardo do Campo reprime atividade cultural em praça pública
Bruno Amorim

Nesta sexta-feira(17) acontecia uma batalha de mcs feminina na praça Brasil em São Bernardo do Campo quando a GCM interviu na atividade mandando todos irem embora com ameaças de serem levados para delegacia.

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Jovens da cidade, trabalhadoras e mulheres com filhos, esta era a composição da atividade. No microfone diversas falas contra o machismo diário que oprime as mulheres e a violência a que estão submetidas nesta sociedade. Com o filho no colo algumas mulheres falavam da importância das mulheres se unirem, não baixarem a cabeça diante da opressão de gênero que impera em nosso dia-a-dia. Outras rimavam mandando o recado que machistas não passarão.

Mesmo com documento que permite que as pessoas realizassem tal atividade, a GCM chegou no local mandando todos se retirarem alegando que o som estava alto. Porém, para quem conhece o local sabe que no entorno à praça só tem comércio, que no horário da noite estão todos fechados. Além do mais o barulho era mínimo, já que para escutar as rimas das mina era necessário chegar bem perto da caixa de som. Os organizadores argumentaram que tinham permissão legal para realizarem a atividade mas a GCM ignorou tal fato e começaram os “enquadros”. Revistaram várias pessoas com o método típico da polícia, com ameaças e insultos. A todo momento falavam que se não fossem embora seriam levados para a delegacia. Quem estava com filhos foi embora, com razão, pois temiam pelo que podia acontecer naquele momento, já que a GCM estava fortemente armada com armas de bala de borracha, cacetes em mãos, etc.

Assista ao vídeo:

Direto à arte e cultura

Nessa sociedade de hoje sabemos o quão é precária a situação dos jovens trabalhadores e filhos de trabalhadores que em sua maioria tem o acesso a cultura negado, seja pelo governo que não garante, seja com o preço que se cobra para se ter acesso a arte e cultura(basta ver o preço da passagem de ônibus para se locomover). E quando esses jovens decidem fazer por si mesmos, o que ganham é repressão. São obrigados a escutar da polícia que “vão se expressar em suas casas”, como foi dito ontem por um dos GCM’s.

Ocupar os espaços públicos

Cada vez mais a juventude tem ocupado as praças e espaços públicos preenchendo-os de vida, de arte legítima e buscando um lugar para se expressarem. Mas isso não importa para capitalismo. A autonomia da juventude trabalhadora incomoda, quando as pessoas decidem sair da periferia e ocupar o centro das cidades, que lhes pertence, incomoda. E a polícia esta ai para cumprir esse papel de colocar cada um no seu lugar. Se você não tem dinheiro para entrar numa balada, num show, etc você não pode sair de casa. Esse é o recado.

Luta e resistência

O ocorrido na noite de ontem só mostra mais uma vez que o direito da juventude trabalhadora não somente a cultura, mas também a uma vida digna, com seus direitos garantidos só será alcançado com luta e resistência. E é isso que essa batalha de mcs feminina representa. Atividades como esta devem ser divulgadas o máximo possível, devemos fortalecer estas iniciativas e denunciar sempre quando algum tipo de repressão acontecer. Este é o objetivo desta nota, divulgar a cultura de resistência e denunciar a repressão que nós trabalhadores sofremos diariamente.

Compareça na próxima batalha, toda sexta-feira na praça Brasil em São Bernardo do Campo, próximo ao terminal Ferrazópolis. A cidade é nossa.

 
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