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CRISE NO RIO
Mídia indica incertezas sobre votação para privatizar a CEDAE
Jean Barroso
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A Rádio CBN perguntou a cada um dos deputados como votaria com relação à privatização da CEDAE. A pesquisa indica que a base do governo Pezão diminuiu consideravelmente: dos setenta deputados, trinta responderam que votariam contra, e catorze à favor. Quinze responderam como indecisos e onze não responder a pesquisa. Ao mesmo tempo, o portal G1, que também pertence à Globo, noticia que, "segundo fontes", o governo tem maioria, entre 41 e 43 deputados para votar a privatização da CEDAE.

Não faltam tentativas na mídia para confundir o movimento dos trabalhadores contra a privatização da CEDAE, já que a votação envolve os interesses dos ricos e poderosos. O certo é que a privatização só pode ser barrado pela mobilização dos trabalhadores, nunca por bondade destes mesmos deputados que aplaudiram a repressão da polícia militar contra os servidores para seguir a votação do pacote de maldades de Temer, e que Pezão tenta proteger com a ocupação militar do Rio de Janeiro.

Como noticiamos ontem, em meio a luta dos trabalhadores da CEDAE, cresce incerteza sobre privatização na ALERJ. O resultado da pesquisa da CBN se baseia em certa medida nesta crise do governo para apoio mesmo em sua base.

Como disse Tatiane Lopes: Se por um lado Pezão se desgasta ainda mais ao reprimir duramente a luta dos trabalhadores contra a privatização da única empresa lucrativa do Estado, inclusive chamando o exército para garantir a ordem e o bom andamento das votações dos ataques, por outro, a luta dos trabalhadores da CEDAE emerge e se apoia na voz de revolta contra um governo cassado no TRE e absolutamente questionado pela população do Rio de Janeiro.

Um dos motivos para a perda de influência do governo foi a decisão de Fux, no STF, que não permitiu o adiantamento de empréstimos ao estado do Rio. O empréstimo que teria como garantia a venda da CEDAE por 3,5 bilhões correspondendo a 160% da folha de pagamento de um mês do funcionalismo público do Rio, não foi concedido por Fux que de 30 dias para ALERJ e Congresso avaliarem o termo de compromisso de Temer e Pezão, julgando a liminar quando terminasse o prazo.

Com a exceção do PSOL e do PSDB, todos os partidos inclusive o PMDB se dividiram ao responder esta pesquisa. O PSOL apresentou 32 emendas ao projeto, dentre uma delas substituição a privatização da CEDAE como garantia do empréstimo. O PSDB adotou uma posição demagógica, de se privatizar aos poucos pedindo a definição processo de passagem da CEDAE para a gestão privada. Afinal, é o partido que mais privatizou empresas públicas durante o governo FHC, e fica ainda mais evidente a demagogia de Osório (PSDB) acessando seu programa de governo para a Cidade do Rio aonde pretendia entregar o Saneamento Básico para as empresas através de Parceria Público Privada como pode ser visto aqui.

Além destas, foram mais de 200 emendas apresentadas ao projeto que só serão avaliadas nesta segunda-feira (20) em sessão extraordinária. Ou seja, tudo pode mudar: indecisos e até contrários usam a crise do governo ao seu favor para tentar barganhar que as emendas sejam aprovadas. A depender de segunda feira, este placar informal pode virar outro.

Por isso é preciso que os trabalhadores apresentem um saída independente por meio de sua mobilização, já que enquanto os deputados que barganham em cima das incertezas deste governo seguem vivendo muito bem com seus altos privilégios enquanto os servidores vão amargar um carnaval sem o salário de janeiro, e a população vive o caos dos serviços públicos causados pela cobrança da União em cima das dívidas do Estado e da farra das isenções fiscais de Pezão que seguem firmes e fortes

Veja como respondeu cada deputado à enquete da CBN:

Catorze Deputados declararam que votarão à favor da privatização:

André Ceciliano (PT), André Correa (DEM), Aramis Brito (PHS), Comte Bittencourt (PPS), Dionisio Lins (PP), Edson Albertassi (PMDB), Gustavo Tutuca (PMDB), Jânio Mendes (PDT), Jorge Picciani (PMDB), Marcus Vinicius (PTB), Milton Rangel (DEM), Paulo Melo (PMDB), Rafael Picciani (PMDB), Rosenverg Reis (PMDB).

Trinta deputados declararam que vão votar contra:

Átila Nunes (PMDB), Bebeto (PDT), Bruno Dauaire (PR), Carlos Minc (Sem Partido), Coronel Jairo (PMDB), Dr. Julianelli (Rede), Eliomar Coelho (PSOL), Enfermeira Rejane (PCdoB), Flávio Bolsonaro (PSC), Flavio Serafini (PSOL), Geraldo Moreira da Silva (PTN), Gilberto Palmares (PT), Jorge Felippe Neto (DEM), Lucinha (PSDB), Luiz Martins (PDT), Luiz Paulo (PSDB), Marcelo Freixo (PSOL), Márcio Pacheco (PSC), Marco Figueiredo (PROS), Martha Rocha (PDT), Osorio (PSDB), Paulo Ramos (PSOL), Renato Cozzolino (PR), Silas Bento (PSDB), Tio Carlos (SDD), Wagner Montes (PRB), Waldeck Carneiro (PT), Wanderson Nogueira (PSOL), Zaqueu Teixeira (PDT), Zeidan (PT)

Quinze deputados disseram estar indecisos:

Benedito Alves (PRB), Carlos Macedo (PRB), Chiquinho da Mangueira (PTN), Dica (PTN), Dr. Deodalto (DEM), Fatinha (SDD), Filipe Soares (DEM), Gil Vianna (PSB), Iranildo Campos (PSD), Marcia Jeovani (DEM), Marcos Abrahão (PTdoB), Pedro Augusto (PMDB), Samuel Malafaia (DEM), Tia Ju (PRB), Zé Luiz Anchiete (PP).

Onze deputados não responderam à pesquisa:

Ana Paula Rechuan (PMDB), Cidinha Campos (PDT), Daniele Guerreiro (PMDB), Dr. Gotardo (PSL), Fábio Silva (PMDB), Geraldo Pudim (PMDB), João Peixoto (PSDC), Marcelo Simão (PMDB), Marcos Muller (PHS), Nivaldo Mulim (PR), Zito (PP).

Leia mais: Rio de Janeiro mostra o caminho pra derrotar os ataques de Temer

 
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